domingo, 9 de outubro de 2016

Uma mensagem para hoje


Clama em alta voz, não te detenhas, levanta a voz como a trombeta e anuncia ao Meu povo a sua transgressão e à casa de Jacó, os seus pecados (Isaías 58:1).
Não posso deixar de ser demasiado veemente em insistir com todos os membros de nossas igrejas, todos quantos são verdadeiros missionários, todos quantos creem na terceira mensagem angélica, todos quantos desviam o de profanar o sábado, para considerarem a mensagem do capítulo cinquenta e oito de Isaías. Testemunhos para a igreja, vol. 6, p. 265.
Estudo adicional:
Testemunhos para a igreja, vol. 2, pp. 24-37; vol. 5, pp. 298-302.

1 • QUEM ESSA MENSAGEM SE DESTINA?
A • O que devemos levar cuidadosamente em conta quando procuramos promover a mensagem de Isaías, capítulo 58? Isaías 58:1.
1 Clama em alta voz, não te detenhas, levanta a voz como a trombeta e anuncia ao meu povo a sua transgressão e à casa de Jacó, os seus pecados.
[É citado Isaías 58:1]. Essa mensagem tem de ser dada, mas apesar disso, devemos ter o cuidado de não acusar, constranger e condenar os que não possuem a luz que possuímos. Não devemos sair de nosso caminho para fazer duras acusações aos católicos. Entre eles existem muitos que são cristãos conscienciosos, que vivem segundo a luz que lhes é proporcionada, e Deus atuará em seu favor. Os que têm grandes privilégios e oportunidades, e que não têm aproveitado suas faculdades físicas, mentais e morais, mas antes vivido para agradar a si mesmos e se têm recusado a desempenhar sua responsabilidade, esses estão em maior perigo e em maior condenação diante de Deus, do que os que se acham em erro no que respeita à doutrina, mas, apesar disso, procuram viver para fazer bem aos outros. Não censuremos os outros; não os condenemos. Se permitirmos que considerações egoístas, raciocínio falso e falsas desculpas nos levem a um perverso estado de espírito e coração, de maneira que não saibamos os caminhos e a vontade de Deus, seremos muito mais culpados do que um pecador declarado. Precisamos ser cautelosos para não condenar os que, diante de Deus, são menos culpados do que nós. Testemunhos para a igreja, vol. 9, pp. 243, 244.

2 • A ADVERTÊNCIA TANTAS VEZES SILENCIADA
A • Qual é muitas vezes a reação que os crentes sinceros enfrentam quando procuram clamar em alta voz, não se detendo (Isaías 58:1)? João 3:19-21; comparar com Números 16:1-4. O que foi revelado à mensageira do Senhor sobre o estado do professo povo de Deus?
19 E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. 20 Porque todo aquele que faz o mal aborrece a luz e não vem para a luz para que as suas obras não sejam reprovadas. 21 Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.
1 E Corá, filho de Izar, filho de Coate, filho de Levi, tomou consigo a Datã e a Abirão, filhos de Eliabe, e a Om, filho de Pelete, filhos de Rúben, 2 e levantaram-se perante Moisés com duzentos e cinquenta homens dos filhos de Israel, maiorais da congregação, chamados ao ajuntamento, varões de nome. 3 E se congregaram contra Moisés e contra Arão e lhes disseram: Demais é já; pois que toda a congregação é santa, todos eles são santos, e o SENHOR está no meio deles; por que, pois, vos elevais sobre a congregação do SENHOR? 4 Como Moisés isto ouviu, caiu sobre o seu rosto
Muitos estavam entronizando ídolos no coração e praticando a iniquidade, o que os separava de Deus e fazia com se tornassem agentes das trevas. Vi que poucos permaneciam na luz, possuindo discernimento e espiritualidade para descobrir essas pedras de tropeço e removê-las do caminho. […]
Alguns que ocupam a posição de vigias para advertir o povo de Deus do perigo abandonaram sua vigilância e têm descansado, à vontade. São sentinelas infiéis. Permanecem inativos enquanto o astuto inimigo penetra a fortaleza e trabalha com sucesso ao lado deles para demolir o que Deus mandou edificar. Eles veem que Satanás está enganando os desprevenidos e inexperientes, mas têm se mantido quietos, como se não tivessem especial interesse, como se essas coisas não lhes dissessem respeito. Não percebem nenhum perigo em particular; não veem motivo para dar alarme. Para eles tudo parece estar indo bem e não veem necessidade de fazer soar através das trombetas as fiéis notas de advertência, que lhes são transmitidas pelos claros testemunhos, para mostrar ao povo a sua transgressão e à casa de Israel os seus pecados. Essas reprovações e advertências perturbam a quietude dessas sonolentas sentinelas, amantes da comodidade, e não se agradam disso. Dizem em seu coração, bem como por palavras: “Tudo isso é desnecessário. É muito severo, muito cruel. Esses homens estão desnecessariamente perturbados e agitados, e parecem indispostos a nos permitir descanso e tranquilidade. ‘Demais é já; pois que toda a congregação é santa, todos eles são santos’ (Números 16:3). Eles não querem que tenhamos qualquer conforto, paz ou felicidade”. Unicamente trabalho ativo, labuta e incessante vigilância agradarão a esses desarrazoados e insatisfeitos vigilantes. “Por que não profetizam coisas aprazíveis e proclamam paz, paz? Então tudo correrá tranquilamente.” […]
O povo não ergueu imagens de escultura, mas seu pecado não é menor à vista de Deus. Eles adoram Mamom e os ganhos mundanos. Alguns sacrificarão a consciência para alcançar seus objetivos. O professo povo de Deus é egoísta e preocupado consigo mesmo. Eles amam as coisas deste mundo, compactuam1 com as obras das trevas e têm prazer na injustiça. Não amam a Deus nem a seu próximo. São idólatras e piores, muito piores à vista de Deus, do que os pagãos adoradores de imagens, que não conhecem melhor caminho. Testemunhos para a igreja, vol. 2, pp. 439-441.

3 • A TROMBETA EMUDECE
A • Que fatores tornam difícil a tarefa para todos os que procuram dar à trombeta o sonido certo? Isaías 58:2; Ezequiel 2:1-7.
2 Todavia, me procuram cada dia, tomam prazer em saber os meus caminhos; como um povo que pratica a justiça e não deixa o direito do seu Deus, perguntam-me pelos direitos da justiça, têm prazer em se chegar a Deus,
1 E disse-me: Filho do homem, põe-te em pé, e falarei contigo. 2 Então, entrou em mim o Espírito, quando falava comigo, e me pôs em pé, e ouvi o que me falava. 3 E disse-me: Filho do homem, eu te envio aos filhos de Israel, às nações rebeldes que se rebelaram contra mim; eles e seus pais prevaricaram contra mim, até este mesmo dia. 4 E os filhos são de semblante duro e obstinados de coração; eu te envio a eles, e lhes dirás: Assim diz o Senhor JEOVÁ. 5 E eles, quer ouçam quer deixem de ouvir (porque eles são casa rebelde), hão de saber que esteve no meio deles um profeta. 6 E tu, ó filho do homem, não os temas, nem temas as suas palavras; ainda que sejam sarças e espinhos para contigo, e tu habites com escorpiões, não temas as suas palavras, nem te assustes com o rosto deles, porque são casa rebelde. 7 Mas tu lhes dirás as minhas palavras, quer ouçam quer deixem de ouvir, pois são rebeldes.
Não é o mundo ímpio, mas são aqueles a quem o Senhor considera como “Meu povo”, os que devem ser reprovados por suas transgressões. Declara Ele ainda: “Todavia, Me procuram cada dia, tomam prazer em saber os Meus caminhos, como um povo que pratica a justiça, e não deixa a ordenança do seu Deus” (Isaías 58:1 e 2). Aqui se faz referência a uma classe que se considera justa, que parece manifestar grande interesse no serviço de Deus; mas a repreensão severa e solene dAquele que examina os corações, prova que estão pisando sobre os preceitos divinos. — O grande conflito, p. 452.
Acerca desse povo, diz o Senhor: “Todavia, Me procuram cada dia, tomam prazer em saber os Meus caminhos; como um povo que pratica a justiça.” Eis aqui um povo enganado, cheio de justiça própria, auto-complacente2, cujo pastor recebeu a ordem de clamar em alta voz e mostrar-lhes suas transgressões. Em todas as épocas essa obra tem sido feita em favor do povo de Deus e agora é mais necessária que nunca. […]
Deus sempre tem homens a quem confia Sua mensagem. Seu Espírito toca-lhes o coração e os constrange a falar. Movidos por santo zelo e pelo poderoso impulso divino, saem a cumprir seu dever sem calcular friamente as consequências de falar ao povo a palavra que o Senhor lhes deu. Mas o servo de Deus é prontamente avisado de que terá de arriscar alguma coisa. Ele se expõe e sua mensagem é objeto de crítica. Seus modos, sua vida, seus bens, tudo é inspecionado e comentado. A mensagem que traz é severamente criticada e rejeitada da maneira mais intolerante e profana, como só os homens em seu finito juízo são capazes de fazer. Tem tal mensagem feito a obra que Deus lhe designou executar? Não, ela falhou marcadamente porque o coração dos homens não estava santificado.
Se a face do pastor não for posta como um seixo3, se ele não possui fé indômita4 e coragem, se seu coração não está fortalecido pela constante comunhão com Deus, ele começará a moldar seu testemunho para agradar os corações e ouvidos não consagrados daqueles a quem se dirige. Esforçando-se para evitar as críticas às quais está exposto, separa-se de Deus e perde o senso do favor divino. Seu testemunho se torna insípido e sem vida. Ele acaba por perceber que sua coragem e fé se foram, e seus trabalhos se tornaram ineficazes. — Testemunhos para a igreja, vol. 5, p. 299.

4 • POR QUEM REALMENTE LAMENTO?
A • Como o professo povo de Deus descrito em Isaías 58 espera que Ele responda ao serviço supostamente dedicado a Ele? Mas, na realidade, o que Deus diz? Isaías 58:3; Malaquias 3:14 e 15. Que fatores devemos hoje considerar sobre nossa atitude a esse respeito, tanto para com Deus como para com os outros?
1 Clama em alta voz, não te detenhas, levanta a voz como a trombeta e anuncia ao meu povo a sua transgressão e à casa de Jacó, os seus pecados. 2 Todavia, me procuram cada dia, tomam prazer em saber os meus caminhos; como um povo que pratica a justiça e não deixa o direito do seu Deus, perguntam-me pelos direitos da justiça, têm prazer em se chegar a Deus, 3 dizendo: Por que jejuamos nós, e tu não atentas para isso? Por que afligimos a nossa alma, e tu o não sabes? Eis que, no dia em que jejuais, achais o vosso próprio contentamento e requereis todo o vosso trabalho.
14 Vós dizeis: Inútil é servir a Deus; que nos aproveitou termos cuidado em guardar os seus preceitos e em andar de luto diante do SENHOR dos Exércitos? 15 Ora, pois, nós reputamos por bem-aventurados os soberbos; também os que cometem impiedade se edificam; sim, eles tentam ao SENHOR e escapam.
[É citado Isaías 58:1-3] O profeta apresenta diante de nós um povo que encontra defeito em Deus porque não lhes dá tudo o que egoisticamente desejam. O Senhor, em Sua resposta às suas queixas, mostra que não merecem tudo o que exigem de Suas mãos; pois não têm atuado com justiça. — The General Conference Bulletin, 31 de maio de 1909.
Os jejuns observados por esses adoradores [mencionados em Isaías 58] são mero fingimento, um arremedo5 de humildade. Eles mantêm todos os seus traços objetáveis de caráter. Seus corações não se acham limpos de contaminação. Não receberam o suavizante derramamento da graça de Deus. Acham-se destituídos do Espírito Santo, destituídos da doçura de Sua influência. Não manifestam arrependimento, não há fé que opera por amor. São injustos e egoístas no trato com seus semelhantes, oprimindo impiedosamente os que consideram inferiores. No entanto, queixam-se de que Deus não os exalte acima de todos os outros por causa de sua pretensa justiça. The Review and Herald, 25 de junho de 1901.
As pessoas às quais se ordena ao profeta [Isaías] advertir [...] têm uma forma de piedade e se consideram merecedoras de bênção e favor especial, porque fazem alta profissão e mantêm um ciclo de serviços religiosos. Isso alimenta sua autocomplacência, sentindo-se como o jovem que veio a Cristo, que alegava observar todos os mandamentos, perguntando: “O que me falta ainda?“ [...] Aquele jovem lisonjeou-se por guardar todos os mandamentos de Deus. Mas os guardava de facto? Não. Ele não amava a Deus, pois amava sua riqueza que lhe foi dada apenas em confiança mais do que amava a Deus. Não amava seu próximo como a si mesmo, pois não estava disposto a distribuir suas riquezas entre eles. Amava sua propriedade mais do que as almas por quem Cristo estava pronto para sacrificar a própria vida. — Ibidem, 13 de outubro de 1891.
Necessitamos evitar a compaixão de nós mesmos. Nunca alimente a impressão de que não é apreciado como devia, que seus esforços não são considerados e que o seu trabalho é muito difícil. A lembrança de que Jesus sofreu por nós reduz ao silêncio todo o pensamento de queixa. Somos tratados melhor do que foi nosso Senhor. A ciência do bom viver, p. 476.

5 • O MOTIVO POR TRÁS DA AÇÃO
A • Em Isaías 58, qual era o verdadeiro motivo por trás do jejum do povo de Deus? Isaías 58:4. Como devemos evitar o espírito dessa prática? Lucas 7:33-35.
4 Eis que, para contendas e debates, jejuais e para dardes punhadas impiamente; não jejueis como hoje, para fazer ouvir a vossa voz no alto.
33 Porque veio João Batista, que não comia pão nem bebia vinho, e dizeis: Tem demônio. 34 Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizeis: Eis aí um homem comilão e bebedor de vinho, amigo dos publicanos e dos pecadores. 35 Mas a sabedoria é justificada por todos os seus filhos.
O Redentor do mundo não podia honrar os jejuns observados pela nação judaica. Eles jejuavam em orgulho e justiça própria, enquanto Cristo comia em humildade com publicanos e pecadores.
Desde a queda, tem sido obra de Satanás acusar; e os que recusam a luz que Deus envia, fazem a mesma coisa hoje. Atribuem abertamente a outros as coisas que consideram erradas. Os fariseus eram assim. Quando encontravam algo que pudessem usar contra os discípulos, não se dirigiam a quem imaginavam estar em falta. Contavam a Cristo as coisas que julgavam ser tão sérias em Seus discípulos. Quando achavam que Cristo havia errado, acusavam-nO perante os discípulos. Era sua obra indispor corações uns contra os outros. The SDA Bible Commentary [E. G. White Comments], vol. 5, p. 1088.
Quando nossas orações são oferecidas em autoconfiança, quando deixamos de vigiar e agir em harmonia com nossas orações, não somos reconhecidos como adoradores aos olhos do Céu. Achamo-nos destituídos da fé que opera pelo amor e purifica a alma; pois a fé genuína levará seu possuidor a mortificar as obras da carne, a crucificar o egoísmo, o amor próprio, a impaciência e a justiça própria. Os que verdadeiramente seguem a Cristo, devem aprender diariamente lições de mansidão e humildade de coração, para que possam falar cautelosamente, manifestando cortesia e bondade, com coração terno, trazendo simpatia e luz para casa. Todo conflito, toda discussão, tudo que fere com a língua e com punho perverso, deve ser posto de lado. A vontade arrogante deve ser vencida; a brandura e uma disposição que seja facilmente tratável devem ser cultivadas. —The Review and Herald, 5 de junho de 1894.

PARA VOCÊ REFLETIR
1. Que princípio bíblico determina nosso nível de responsabilidade para com Deus?
2. Por que um testemunho direto reprovando o pecado encontra oposição?
3. Se formos sérios com relação à eternidade, como nos sentiremos quanto aos princípios?
4. O que estava errado com o jejum dos judeus de acordo com Isaías 58?
5. Com ou sem jejum, que atitudes impedem a oração?

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