Clama
em alta
voz, não
te detenhas,
levanta a
voz como
a trombeta e
anuncia ao Meu povo a sua transgressão e à casa de Jacó,
os seus pecados (Isaías
58:1).
Não
posso deixar
de ser
demasiado veemente
em insistir
com todos
os membros de nossas igrejas, todos quantos são verdadeiros
missionários, todos quantos creem na terceira mensagem angélica,
todos quantos desviam o
pé de
profanar o
sábado, para
considerarem a
mensagem do
capítulo cinquenta
e oito
de Isaías.
— Testemunhos
para
a igreja,
vol. 6,
p.
265.
Estudo
adicional:
Testemunhos
para a igreja, vol. 2, pp. 24-37; vol. 5, pp. 298-302.
1
• QUEM ESSA MENSAGEM SE DESTINA?
A
• O que devemos levar cuidadosamente em conta quando procuramos
promover a mensagem de Isaías, capítulo 58? Isaías 58:1.
1
Clama em alta voz, não te detenhas, levanta a voz como a trombeta e
anuncia ao meu povo a sua transgressão e à casa de Jacó, os seus
pecados.
[É
citado Isaías 58:1]. Essa mensagem tem de ser dada, mas apesar
disso, devemos ter o cuidado de não acusar, constranger e condenar
os que não possuem a luz que possuímos. Não devemos sair de nosso
caminho para fazer duras acusações aos católicos. Entre eles
existem muitos que são cristãos conscienciosos, que vivem segundo a
luz que lhes é proporcionada, e Deus atuará em seu favor. Os que
têm grandes privilégios e oportunidades, e que não têm
aproveitado suas faculdades físicas, mentais e morais, mas antes
vivido para agradar a si mesmos e se têm recusado a desempenhar sua
responsabilidade, esses estão em maior perigo e em maior condenação
diante de Deus, do que os que se acham
em erro no que respeita à
doutrina, mas, apesar disso, procuram viver para fazer bem aos
outros. Não censuremos os outros; não os condenemos. Se permitirmos
que considerações egoístas, raciocínio falso e falsas desculpas
nos levem a um perverso estado de espírito e coração, de maneira
que
não
saibamos
os
caminhos
e
a
vontade
de
Deus,
seremos
muito
mais culpados do que um pecador
declarado. Precisamos ser cautelosos para não
condenar
os
que,
diante
de
Deus,
são
menos
culpados
do
que
nós.
— Testemunhos
para
a igreja, vol.
9, pp.
243,
244.
2
• A ADVERTÊNCIA TANTAS VEZES SILENCIADA
A
• Qual é muitas vezes a reação que os crentes sinceros enfrentam
quando procuram clamar em alta voz, não se detendo (Isaías 58:1)?
João 3:19-21; comparar com Números 16:1-4. O que foi
revelado à mensageira do Senhor sobre o estado do professo
povo de Deus?
19
E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram
mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. 20
Porque todo aquele que faz o mal aborrece a luz e não vem para a luz
para que as suas obras não sejam reprovadas. 21 Mas quem
pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam
manifestas, porque são feitas em Deus.
1
E Corá, filho de Izar, filho de Coate, filho de Levi, tomou consigo
a Datã e a Abirão, filhos de Eliabe, e a Om, filho de Pelete,
filhos de Rúben, 2 e levantaram-se perante Moisés com
duzentos e cinquenta homens dos filhos de Israel, maiorais da
congregação, chamados ao ajuntamento, varões de nome. 3 E
se congregaram contra Moisés e contra Arão e lhes disseram: Demais
é já; pois que toda a congregação é santa, todos eles são
santos, e o SENHOR está no meio deles; por que, pois, vos elevais
sobre a congregação do SENHOR? 4 Como Moisés isto ouviu,
caiu sobre o seu rosto
Muitos
estavam entronizando ídolos no
coração e praticando a iniquidade,
o
que
os
separava
de
Deus
e
fazia
com
se
tornassem
agentes
das trevas. Vi
que poucos permaneciam na luz,
possuindo discernimento e espiritualidade para descobrir essas pedras
de tropeço e removê-las do caminho.
[…]
Alguns
que ocupam a posição de vigias para advertir o povo de Deus do
perigo abandonaram sua vigilância e têm descansado, à vontade. São
sentinelas
infiéis.
Permanecem
inativos
enquanto
o
astuto
inimigo
penetra a fortaleza e trabalha
com sucesso ao lado deles para demolir o que Deus
mandou
edificar.
Eles
veem
que
Satanás
está
enganando
os
desprevenidos e inexperientes,
mas têm se mantido quietos, como se não tivessem especial
interesse, como se essas coisas não lhes dissessem respeito. Não
percebem nenhum perigo em particular; não veem motivo para dar
alarme. Para eles tudo parece estar indo bem e não veem necessidade
de fazer soar através das trombetas as fiéis notas de advertência,
que lhes são transmitidas pelos claros testemunhos, para mostrar ao
povo a sua transgressão e à casa de Israel os seus pecados. Essas
reprovações e advertências perturbam a quietude dessas sonolentas
sentinelas, amantes da
comodidade,
e
não
se
agradam
disso.
Dizem
em
seu
coração,
bem como
por palavras: “Tudo
isso é desnecessário. É muito
severo, muito cruel. Esses homens estão desnecessariamente
perturbados e agitados, e parecem indispostos a nos permitir descanso
e tranquilidade. ‘Demais é já; pois que toda a congregação é
santa, todos eles são santos’
(Números 16:3).
Eles
não
querem
que
tenhamos
qualquer
conforto,
paz
ou
felicidade”.
Unicamente trabalho ativo,
labuta e incessante vigilância
agradarão a esses desarrazoados e insatisfeitos vigilantes. “Por
que não profetizam coisas
aprazíveis e proclamam paz, paz? Então tudo correrá
tranquilamente.”
[…]
O
povo não ergueu imagens de escultura, mas seu pecado não é menor
à
vista
de
Deus.
Eles
adoram
Mamom
e
os
ganhos
mundanos.
Alguns sacrificarão a
consciência para alcançar seus objetivos. O professo povo de Deus é
egoísta e preocupado consigo mesmo. Eles amam as coisas deste mundo,
compactuam1
com as obras das trevas e têm prazer na injustiça. Não amam a Deus
nem a seu próximo.
São idólatras e piores, muito
piores à vista de Deus, do que os pagãos adoradores de imagens, que
não
conhecem
melhor
caminho.
—
Testemunhos
para
a
igreja,
vol.
2, pp.
439-441.
3
• A TROMBETA EMUDECE
A
• Que fatores tornam difícil a tarefa para todos os que procuram
dar à trombeta o sonido certo? Isaías 58:2; Ezequiel 2:1-7.
2
Todavia, me procuram cada dia, tomam prazer em saber os meus
caminhos; como um povo que pratica a justiça e não deixa o direito
do seu Deus, perguntam-me pelos direitos da justiça, têm prazer em
se chegar a Deus,
1
E disse-me: Filho do homem, põe-te em pé, e falarei contigo. 2
Então, entrou em mim o Espírito, quando falava comigo, e me pôs em
pé, e ouvi o que me falava. 3 E disse-me: Filho do homem, eu
te envio aos filhos de Israel, às nações rebeldes que se rebelaram
contra mim; eles e seus pais prevaricaram contra mim, até este mesmo
dia. 4 E os filhos são de semblante duro e obstinados de
coração; eu te envio a eles, e lhes dirás: Assim diz o Senhor
JEOVÁ. 5 E eles, quer ouçam quer deixem de ouvir (porque
eles são casa rebelde), hão de saber que esteve no meio deles um
profeta. 6 E tu, ó filho do homem, não os temas, nem temas
as suas palavras; ainda que sejam sarças e espinhos para contigo, e
tu habites com escorpiões, não temas as suas palavras, nem te
assustes com o rosto deles, porque são casa rebelde. 7 Mas tu
lhes dirás as minhas palavras, quer ouçam quer deixem de ouvir,
pois são rebeldes.
Não
é o mundo ímpio,
mas são aqueles a quem o Senhor
considera como “Meu
povo”,
os que devem ser reprovados por
suas transgressões. Declara Ele ainda: “Todavia,
Me procuram cada dia, tomam
prazer em saber
os
Meus
caminhos,
como
um
povo
que
pratica
a
justiça,
e
não
deixa a ordenança do seu Deus”
(Isaías 58:1 e 2). Aqui
se faz referência a uma classe
que se considera justa, que parece manifestar grande interesse no
serviço de Deus; mas a repreensão severa e solene dAquele que
examina os corações, prova que estão pisando sobre os preceitos
divinos. — O grande conflito,
p.
452.
Acerca
desse povo,
diz o Senhor: “Todavia,
Me procuram cada dia, tomam
prazer
em
saber
os
Meus
caminhos;
como
um
povo
que
pratica
a justiça.”
Eis aqui um povo enganado, cheio
de justiça própria,
auto-complacente2,
cujo pastor recebeu a ordem de clamar em alta voz e mostrar-lhes suas
transgressões. Em todas as épocas essa obra tem sido feita em favor
do povo de Deus e agora é mais necessária que nunca. […]
Deus
sempre tem homens a quem confia Sua mensagem. Seu Espírito toca-lhes
o coração e os constrange a falar.
Movidos por santo zelo e pelo
poderoso impulso divino, saem a cumprir seu dever sem calcular
friamente as consequências de falar ao povo a palavra que o Senhor
lhes deu. Mas o servo de Deus é prontamente
avisado de que terá de arriscar
alguma coisa. Ele se expõe e sua mensagem é objeto de crítica.
Seus modos,
sua
vida,
seus
bens,
tudo
é
inspecionado
e
comentado.
A
mensagem que traz é severamente
criticada e rejeitada da maneira mais intolerante e profana, como só
os homens em seu finito juízo são capazes de fazer.
Tem
tal mensagem feito a obra que
Deus lhe designou executar? Não,
ela falhou marcadamente porque o
coração dos homens não estava santificado.
Se
a face do pastor não for posta como um seixo3,
se ele não possui fé indômita4
e coragem, se seu coração não está fortalecido pela constante
comunhão com Deus, ele começará a moldar seu testemunho para
agradar os corações e ouvidos não consagrados daqueles a quem se
dirige. Esforçando-se para evitar as críticas às quais está
exposto, separa-se de Deus e perde o senso do favor divino. Seu
testemunho se torna insípido e sem vida. Ele acaba por perceber que
sua coragem e fé se foram, e seus trabalhos se tornaram ineficazes.
— Testemunhos para a igreja, vol.
5, p. 299.
4
• POR QUEM REALMENTE LAMENTO?
A
• Como o professo povo de Deus descrito em Isaías 58 espera que
Ele responda ao serviço supostamente dedicado a Ele? Mas, na
realidade, o que Deus diz? Isaías 58:3; Malaquias 3:14 e 15. Que
fatores devemos
hoje considerar
sobre nossa
atitude a
esse respeito,
tanto para com Deus como para com os
outros?
1
Clama em alta voz, não te detenhas, levanta a voz como a trombeta e
anuncia ao meu povo a sua transgressão e à casa de Jacó, os seus
pecados. 2
Todavia, me procuram cada dia, tomam prazer em saber os meus
caminhos; como um povo que pratica a justiça e não deixa o direito
do seu Deus, perguntam-me pelos direitos da justiça, têm prazer em
se chegar a Deus, 3 dizendo: Por que jejuamos nós, e
tu não atentas para isso? Por que afligimos a nossa alma, e tu o não
sabes? Eis que, no dia em que jejuais, achais o vosso próprio
contentamento e requereis todo o vosso trabalho.
14
Vós dizeis: Inútil é servir a Deus; que nos aproveitou termos
cuidado em guardar os seus preceitos e em andar de luto diante do
SENHOR dos Exércitos? 15 Ora, pois, nós reputamos por
bem-aventurados os soberbos; também os que cometem impiedade se
edificam; sim, eles tentam ao SENHOR e escapam.
[É
citado Isaías 58:1-3] O profeta apresenta diante de nós um povo que
encontra defeito em Deus porque não lhes dá tudo o que
egoisticamente desejam. O Senhor, em Sua resposta às suas
queixas, mostra que não merecem tudo o que exigem de Suas mãos;
pois não têm atuado com justiça. — The General Conference
Bulletin, 31 de maio de 1909.
Os
jejuns
observados por esses
adoradores
[mencionados em Isaías
58]
são mero
fingimento, um arremedo5
de humildade.
Eles mantêm
todos
os seus traços
objetáveis
de caráter.
Seus corações
não se acham
limpos de contaminação.
Não receberam
o suavizante
derramamento da graça de
Deus. Acham-se
destituídos do Espírito
Santo,
destituídos
da doçura de
Sua influência. Não
manifestam arrependimento, não
há fé
que opera por amor.
São injustos
e egoístas
no trato
com
seus semelhantes,
oprimindo impiedosamente os que
consideram
inferiores. No entanto,
queixam-se
de que
Deus
não
os
exalte
acima
de
todos
os
outros
por
causa
de
sua
pretensa
justiça.
—
The
Review
and
Herald,
25
de
junho
de
1901.
As
pessoas às quais
se ordena
ao profeta
[Isaías] advertir
[...] têm
uma
forma
de
piedade
e
se
consideram
merecedoras
de
bênção
e
favor
especial,
porque
fazem
alta profissão
e mantêm
um ciclo
de serviços religiosos.
Isso
alimenta
sua
autocomplacência,
sentindo-se
como
o
jovem
que
veio
a Cristo,
que
alegava observar todos
os mandamentos,
perguntando: “O
que
me falta
ainda?“ [...] Aquele
jovem
lisonjeou-se por guardar
todos
os mandamentos
de Deus. Mas
os guardava
de facto?
Não.
Ele não amava
a
Deus,
pois
amava
sua
riqueza
—
que
lhe
foi
dada
apenas
em
confiança
— mais
do que
amava
a Deus. Não
amava seu próximo
como
a si mesmo,
pois
não estava
disposto a distribuir
suas riquezas entre
eles.
Amava
sua
propriedade
mais
do que
as almas
por quem
Cristo estava pronto
para
sacrificar
a própria
vida. — Ibidem,
13 de outubro
de 1891.
Necessitamos
evitar
a compaixão
de nós
mesmos. Nunca
alimente a impressão
de que
não é apreciado
como
devia, que
seus esforços
não são
considerados e que
o seu trabalho
é muito
difícil.
A lembrança
de que
Jesus sofreu por nós
reduz
ao silêncio
todo o pensamento
de queixa.
Somos tratados melhor
do que
foi
nosso
Senhor.
— A
ciência
do bom
viver, p.
476.
5
• O MOTIVO POR TRÁS DA AÇÃO
A
• Em Isaías 58, qual era o verdadeiro motivo por trás do jejum do
povo de Deus? Isaías 58:4. Como devemos evitar o espírito dessa
prática? Lucas 7:33-35.
4
Eis que, para contendas e debates, jejuais e para dardes punhadas
impiamente; não jejueis como hoje, para fazer ouvir a vossa voz no
alto.
33
Porque veio João Batista, que não comia pão nem bebia vinho, e
dizeis: Tem demônio. 34 Veio o Filho do Homem, que come e
bebe, e dizeis: Eis aí um homem comilão e bebedor de vinho, amigo
dos publicanos e dos pecadores. 35 Mas a sabedoria é
justificada por todos os seus filhos.
O
Redentor do mundo não podia honrar os jejuns observados pela
nação judaica. Eles jejuavam em orgulho e
justiça própria, enquanto Cristo comia em humildade com publicanos
e pecadores.
Desde
a queda, tem sido obra de Satanás acusar; e os que recusam a luz que
Deus envia, fazem a mesma coisa hoje. Atribuem abertamente a outros
as
coisas
que
consideram
erradas.
Os
fariseus
eram
assim.
Quando encontravam algo que
pudessem usar contra os discípulos, não se dirigiam
a
quem
imaginavam
estar
em
falta.
Contavam
a
Cristo
as
coisas
que julgavam ser tão sérias em
Seus discípulos. Quando achavam que Cristo havia errado, acusavam-nO
perante os discípulos. Era sua obra indispor corações
uns
contra
os
outros.
—
The
SDA
Bible
Commentary
[E.
G.
White Comments], vol. 5, p.
1088.
Quando
nossas orações são oferecidas em autoconfiança, quando deixamos
de vigiar e agir em harmonia com nossas orações, não somos
reconhecidos como adoradores aos olhos do Céu. Achamo-nos
destituídos da fé que opera pelo amor e purifica a alma; pois a fé
genuína levará seu possuidor a mortificar as obras da carne, a
crucificar o egoísmo, o amor próprio,
a impaciência e a justiça
própria. Os que
verdadeiramente seguem a Cristo,
devem aprender diariamente lições de mansidão e humildade
de
coração,
para
que
possam
falar
cautelosamente,
manifestando cortesia
e
bondade,
com
coração
terno,
trazendo
simpatia
e
luz
para
casa. Todo
conflito, toda discussão, tudo
que fere com a língua e com punho perverso,
deve
ser
posto
de
lado.
A
vontade
arrogante
deve
ser
vencida;
a brandura e uma disposição que
seja facilmente tratável devem ser cultivadas. —The
Review and
Herald,
5 de junho de
1894.
PARA
VOCÊ REFLETIR
1. Que
princípio bíblico determina nosso nível de responsabilidade para
com Deus?
2. Por
que um testemunho direto reprovando o pecado encontra oposição?
3. Se
formos sérios com relação à eternidade, como nos sentiremos
quanto aos princípios?
4. O
que estava errado com o jejum dos judeus de acordo com Isaías 58?
5. Com
ou sem jejum, que atitudes impedem a oração?
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