domingo, 23 de outubro de 2016

Contemplando o Cordeiro

Mas Ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e, pelas Suas pisaduras, fomos sarados” (Isaías 53:5).
Olhem, oh, olhem para a cruz do Calvário; contemplem a Vítima real sofrendo no lugar de cada um de vocês. — Para conhecê-lO, p. 65.

Leitura adicional:
Testemunhos para a igreja, vol. 2, pp. 200-215.
1 • A LINGUAGEM DO MESTRE
A • Como podemos falar aos outros do mesmo modo que Jesus? Isaías 50:4 e 5.
4 O Senhor Deus me deu a língua dos instruídos para que eu saiba sustentar com uma palavra o que está cansado; ele desperta-me todas as manhãs; desperta-me o ouvido para que eu ouça como discípulo. 5 O Senhor Deus abriu-me os ouvidos, e eu não fui rebelde, nem me retirei para trás. 
Somos naturalmente egocêntricos e opiniosos. Mas, ao aprendermos as lições que Cristo nos deseja ensinar, tornamo-nos participantes de Sua natureza; daí em diante, vivemos a Sua vida. O maravilhoso exemplo de Cristo, a incomparável ternura com que compreendia os sentimentos dos outros, chorando com os que choravam e Se regozijando com os que se regozijavam, deve exercer profunda influência sobre o caráter de todos quantos O seguem em sinceridade. [...]
Todos quantos nos cercam são almas aflitas. Aqui e ali, por toda parte, podemos encontrá-las. Procuremos esses sofredores e demos-lhes uma palavra a seu tempo para lhes confortar o coração. Sejamos sempre condutos por onde fluam as refrigerantes águas da compaixão.
Em todas as nossas relações devemos lembrar que há, na vida dos outros, capítulos fechados às vistas mortais. Há, nas páginas da memória, tristes histórias que são cuidadosamente guardadas de olhares curiosos. Aí se encontram registradas longas, renhidas1 batalhas com circunstâncias difíceis, talvez perturbações da vida doméstica, que enfraquecem dia a dia o ânimo, a confiança e a fé. Os que estão pelejando o combate da vida em grande desvantagem de condições podem ser fortalecidos e animados por pequeninas atenções que não custam senão um amorável esforço. Para esses, o caloroso e ajudador aperto de mão dado por verdadeiro amigo vale mais que prata ou ouro. As palavras de bondade são recebidas com tanto agrado como o sorriso dos anjos. — A ciência do bom viver, pp. 157 e 158.
2 • UMA CENA PARA CONTEMPLAÇÃO
A • Descreva um pouco do que Cristo sofreu por nós. Por que Ele fez isso? Isaías 50:6; 52:13-15.
6 Ofereci as minhas costas aos que me feriam, e as minhas faces aos que me arrancavam a barba; não escondi o meu rosto dos que me afrontavam e me cuspiam.
13 Eis que o meu servo procederá com prudência; será exaltado, e elevado, e mui sublime. 14 Como pasmaram muitos à vista dele (pois o seu aspecto estava tão desfigurado que não era o de um homem, e a sua figura não era a dos filhos dos homens), 15 assim ele espantará muitas nações; por causa dele reis taparão a boca; pois verão aquilo que não se lhes havia anunciado, e entenderão aquilo que não tinham ouvido. 
[...] O glorioso Filho de Deus [...] sofreu insultos, zombarias e vergonhosos maus tratos, de modo que “Seu parecer estava tão desfigurado, mais do que o de outro qualquer, e a Sua figura mais do que a dos outros filhos dos homens” (Isaías 52:14).
Quem pode compreender o amor aqui manifestado! A multidão angélica contemplou com assombro e dor Aquele que fora a majestade do Céu, e que usara a coroa de glória, usando agora a coroa de espinhos, vítima ensanguentada da ira de uma turba enfurecida, inflamada até à loucura pela ira de Satanás. Contemplem o paciente Sofredor! Tem na cabeça a coroa de espinhos. O sangue vital corre-Lhe de toda lacerada veia. Tudo isso em consequência do pecado! Coisa alguma poderia haver induzido Cristo a abandonar a honra e majestade que tinha no Céu, e vir a um mundo pecador, para ser desdenhado, desprezado e rejeitado por aqueles a quem vinha salvar, sofrendo afinal na cruz, senão o amor eterno, redentor, que permanecerá para sempre um mistério. Testemunhos para a igreja, vol. 2, p. 207.
O orgulho e a adoração de si mesmo não podem florescer na alma que mantém vivas na memória as cenas do Calvário. — O Desejado de Todas as Nações, p. 661.
B • Descreva a aparência de Jesus tal como foi predita pelo profeta Isaías. Isaías 53:2. Por que muitos perderam o interesse devido à Sua aparência simples?
2 Pois foi crescendo como renovo perante ele, e como raiz que sai duma terra seca; não tinha formosura nem beleza; e quando olhávamos para ele, nenhuma beleza víamos, para que o desejássemos. 3 Era desprezado, e rejeitado dos homens; homem de dores, e experimentado nos sofrimentos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum 
Associações mundanas atraem e deslumbram os sentidos, de maneira que a piedade, o temor de Deus, a fidelidade e a lealdade não têm poder de conservar firmes os homens. A vida de Cristo, humilde e despretensiosa, parece toda ela destituída de atrativos. Para muitos que presumem2 ser filhos e filhas de Deus, Jesus, a Majestade do Céu, é como “raiz de uma terra seca”, não tem “parecer nem formosura” (Isaías 53:2) — O lar adventista, p. 461.
A profecia predisse que Cristo teria a aparência de uma raiz de uma terra seca [são citados os versículos de Isaías 53:2 e 3]. Esse capítulo deve ser estudado. Ele apresenta Cristo como o Cordeiro de Deus. Aqueles que estão inflados pelo orgulho, cujas almas estão cheias de vaidade, devem olhar para a imagem de seu Redentor, e humilharem-se no pó. O capítulo inteiro deve ser memorizado. Sua influência subjugará e humilhará a alma manchada pelo pecado, inflada pela exaltação própria. — The Youth’s Instructor, 20 de dezembro de 1900.
3 • DESPREZADO E REJEITADO
A • Como muitos respondem ao amor de Jesus? Isaías 53:3. O que Ele suportou por nós? Isaías 53:4 e 5.
3 Era desprezado, e rejeitado dos homens; homem de dores, e experimentado nos sofrimentos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum
4 Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e carregou com as nossas dores; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. 5 Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e esmagado por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.
Foi mediante infinito sacrifício e inexprimível sofrimento que nosso Redentor pôs a redenção ao nosso alcance. Passou Ele por este mundo, desconhecido e sem receber honras, para que, por Sua maravilhosa condescendência e humilhação, pudesse exaltar o homem de modo que este venha receber eternas e imorredouras alegrias nas cortes celestiais. Durante Seus trinta anos de vida na Terra Seu coração foi moído por inconcebível angústia. A vereda da manjedoura ao Calvário foi nublada de dor e tristeza. Era um Varão de dores, experimentado nos trabalhos, suportando padecimentos que nenhuma linguagem humana é capaz de descrever. Poderia Ele em verdade ter dito: “Atendei, e vede, se há dor como a Minha dor” (Lamentações 1:12). Odiando o pecado com ódio perfeito, todavia cumulou sobre a própria alma os pecados do mundo todo. Sem culpa, sofreu o castigo do culpado. Inocente, ofereceu-Se todavia como substituto do transgressor. A culpa de todo pecado fazia sentir seu peso sobre a divina alma do Redentor do mundo. Os maus pensamentos, as palavras más, as más ações de todo filho e filha de Adão, exigiam que a retribuição caísse sobre Ele, pois tornara-Se substituto do homem. Conquanto não fosse dEle a culpa do pecado, Seu espírito foi ferido e dilacerado pelas transgressões dos homens, e Aquele que não conhecia pecado tornou-Se pecado por nós, para que fôssemos feitos justiça de Deus nEle. — Mensagens escolhidas, vol. 1, p. 322.
Quão poucos têm uma concepção da angústia que dilacerou o coração do Filho de Deus no decorrer de Seus trinta anos de vida terrestre! — Para conhecê-lO, p. 66.
O Filho de Deus foi rejeitado e desprezado por amor de nós. Podem vocês, à plena vista da cruz, contemplando com os olhos da fé os sofrimentos de Cristo, contar a história de seus infortúnios3 e provações? Podem vocês acalentar no coração vingança contra seus inimigos, ao passo que dos pálidos e trêmulos lábios de Cristo brota uma oração por Seus injuriadores, Seus assassinos — “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”? (Lucas 23:34)? [...]
Não devemos recuar das profundidades da humilhação a que o Filho de Deus Se submeteu a fim de erguer-nos da degradação e servidão do pecado a um assento à Sua direita. [...] É mais que tempo de consagrarmos as poucas, preciosas horas restantes de nosso tempo de graça a lavar nossas vestes de caráter, e branqueá-las no sangue do Cordeiro, para que possamos pertencer àquele grupo de vestidos brancos que há de estar ao redor do grande trono branco. — Ibidem, p. 65.
4 • A VÍTIMA QUE NÃO SE QUEIXAVA
A • O que devemos aprender da forma como Jesus reagiu aos repetidos maus-tratos durante a crucifixão? Isaías 53:6-9; 1 Pedro 2:19-24.
6 Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas, cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós. 7 Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a boca; como um cordeiro que é levado ao matadouro, e como a ovelha que é muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a boca. 8 Pela opressão e pelo juízo foi arrebatado; e quem dentre os da sua geração considerou que ele fora cortado da terra dos viventes, ferido por causa da transgressão do meu povo? 9 E deram-lhe a sepultura com os ímpios, e com o rico na sua morte, embora nunca tivesse cometido injustiça, nem houvesse engano na sua boca. 
19 Porque isto é agradável, que alguém, por causa da consciência para com Deus, suporte tristezas, padecendo injustamente. 20 Pois, que glória é essa, se, quando cometeis pecado e sois por isso esbofeteados, sofreis com paciência? Mas se, quando fazeis o bem e sois afligidos, o sofreis com paciência, isso é agradável a Deus. 21 Porque para isso fostes chamados, porquanto também Cristo padeceu por vós, deixando-vos exemplo, para que sigais as suas pisadas. 22 Ele não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano; 23 sendo injuriado, não injuriava, e quando padecia não ameaçava, mas entregava-se àquele que julga justamente; 24 levando ele mesmo os nossos pecados em seu corpo sobre o madeiro, para que mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados.  
A cruz do Calvário apela com poder, oferecendo uma razão pela qual devemos amar a Cristo agora, e porque O devemos considerar o primeiro, o melhor e o último em tudo. Devemos tomar a posição que nos convêm em humilde arrependimento aos pés da cruz. Podemos aprender as lições de mansidão e humildade de espírito ao subirmos o monte Calvário e, olhando à cruz, vermos nosso Salvador em agonia, o Filho de Deus morrendo, o Justo pelos injustos. Contemplem Aquele que com uma palavra podia chamar legiões de anjos em Seu auxílio, sujeito aos gracejos e risos, às injúrias e ódios. Ele Se entrega em sacrifício pelo pecado. Quando injuriado, não ameaçava; quando falsamente acusado, não abria a boca. Ora, na cruz, por Seus assassinos. Por eles está a morrer. Está pagando infinito preço por cada um deles. Não quereria perder um daqueles a quem comprou por tão alto custo. Ele Se entrega para ser ferido, açoitado, sem um murmúrio. E esta vítima sem queixas é o Filho de Deus. Seu trono é desde a eternidade, e de Seu reino não haverá fim. Para conhecê-lO, p. 65.
Em Sua humanidade, Cristo foi provado com tentações tanto e com tanto mais perseverante energia do que o homem é provado pelo maligno, quanto Sua natureza era maior que a do homem. Esta é uma verdade profunda e misteriosa, que Cristo Se acha ligado à humanidade pelas mais sensíveis compaixões. As más obras, os maus pensamentos e palavras de todo filho e filha de Adão, pesam-Lhe no coração divino. Os pecados dos homens pediam retribuição sobre Ele, pois Se tornara substituto do homem, e tomara sobre Si os pecados do mundo. Ibidem, p. 66.
B • Qual foi o propósito celestial na encarnação de Cristo? Isaías 53:10.
10 Todavia, foi da vontade do Senhor esmagá-lo, fazendo-o enfermar; quando ele se puser como oferta pelo pecado, verá a sua posteridade, prolongará os seus dias, e a vontade do Senhor prosperará nas suas mãos. 
A Majestade do Céu não agradou a Si mesma. Fosse o que fosse que fizesse era em consideração à salvação do homem. O egoísmo em todas as suas formas via-se repreendido em Sua presença. Ele assumiu nossa natureza para poder sofrer em nosso lugar, fazendo de Sua alma uma oferta pelo pecado. Foi ferido de Deus e afligido para salvar o homem do golpe que ele merecia em virtude da transgressão da Lei de Deus. Pela luz que da cruz brilha, Cristo Se propôs atrair todos os homens a Si. Seu humano coração afligia-Se pela humanidade. Seus braços estavam abertos para recebê-los; e convidou a todos para que a Ele viessem. Sua vida na Terra foi um acto contínuo de abnegação e condescendência. — Testemunhos para a igreja, vol. 4, p. 418.
5 • MOTIVOS PARA REFLEXÃO
A• O que inspirou Cristo a sofrer uma morte tão vergonhosa? Isaías 53:11 e 12.
11 Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo justo justificará a muitos, e as iniquidades deles levará sobre si. 12 Pelo que lhe darei o seu quinhão com os grandes, e com os poderosos repartirá ele o despojo; porquanto derramou a sua alma até a morte, e foi contado com os transgressores; mas ele levou sobre si o pecado de muitos, e pelos transgressores intercedeu.
O adorável Redentor [...] não morreu como um herói aos olhos do mundo, cumulado de honras, como homens em combate. Morreu como um criminoso condenado, suspenso entre os céus e a Terra — a morte lenta da vergonha, exposto aos escárnios4 e injúrias de uma multidão vil [...].
Toda essa humilhação da Majestade do Céu foi pelo homem culpado, condenado. Ele baixou mais e mais em Sua humilhação, até que não havia maior profundidade a que pudesse chegar para erguer o homem de sua contaminação moral. Tudo isso foi por você. — Para conhecê-lO, p. 68.
B • O que essa maravilhosa condescendência deveria nos levar a reflectir? Hebreus 2:3, 14 e 15.
3 como escaparemos nós, se descuidarmos de tão grande salvação? A qual, tendo sido anunciada inicialmente pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram: 
14 Portanto, visto como os filhos são participantes comuns de carne e sangue, também ele semelhantemente participou das mesmas coisas, para que pela morte derrotasse aquele que tinha o poder da morte, isto é, o Diabo; 15 e livrasse todos aqueles que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à escravidão. 
No entanto, jamais degradou5 a alma com uma única sórdida mancha do pecado! Sofreu tudo isto para que pudesse erguer, purificar, refinar e enobrecer a cada um de vocês, e colocá-los sobre Seu trono como coerdeiros dEle mesmo. Como vocês irão confirmar sua vocação e eleição? Qual é o caminho da salvação? Cristo declara: “Eu Sou o caminho, e a verdade, e a vida.” Por mais pecaminosos e culpados que sejam, vocês são chamados, são escolhidos. “Chegai-vos a Deus e Ele Se chegará a vós outros.” Ninguém será compelido6 a ir a Jesus Cristo contra a sua vontade. A Majestade do Céu, o Filho unigênito do Deus vivo e verdadeiro abriu o caminho para irem a Ele, dando Sua vida como sacrifício na cruz do Calvário. Mas, embora tenha sofrido tudo isto por vocês, é demasiado puro, é demasiado justo para contemplar a iniquidade. No entanto, até mesmo isto não deve afastá-los dEle; pois declara: “Não vim chamar justos, e, sim, pecadores ao arrependimento” (Marcos 2:17). — Fundamentos da educação cristã, pp. 251 e 252.
PARA  REFLETIR
1. A fim de que sejamos grande bênção para outras pessoas, que devemos aprender?
2. Que efeito terá sobre nós a memorização do capítulo 53 de Isaías?
3. Ao contemplarmos o quanto Jesus sofreu na cruz, o que seremos incapazes de fazer?
4. Por que Jesus ficou em silêncio na cruz, exceto quando orou por Seus inimigos?
5. Como podemos mostrar nosso apreço pelo que Jesus tem feito por nós?

O cuidado e o conforto do Criador

[O Servo de Deus] não faltará, nem será quebrantado, até que ponha na terra a justiça; e as ilhas aguardarão a Sua lei” (Isaías 42:4).
Ao estudarmos a palavra de Deus, veremos que não somos abandonados em nossas fraquezas e dúvidas, e que não há motivo para nos entregarmos ao desânimo. Fale de fé; aja por fé. Cultive a que atua pelo amor e purifica a alma. — The Review and Herald, 19 de maio de 1896.

Estudo adicional:
A ciência do bom viver, pp. 29-43 (capítulo 2: “Dias de ministério”).
1 • NOSSO MODELO
A • Para onde Deus, o Pai, apela a todos nós que olhemos, e por quê? Isaías 42:1.
1 Eis aqui o meu servo, a quem sustenho; o meu escolhido, em quem se compraz a minha alma; pus o meu espírito sobre ele. ele trará justiça às nações. 
Jesus era fonte de vivificante misericórdia para o mundo; e durante todos aqueles retirados anos de Nazaré, Sua vida fluía em correntes de simpatia e ternura. Os velhos, os sofredores, os oprimidos de pecado, as crianças a brincar em sua inocente alegria, as criaturas dos bosques, os pacientes animais de carga — todos se sentiam mais felizes por Sua presença. Aquela cuja palavra poderosa sustinha os mundos, detinha-Se para aliviar um pássaro ferido. Nada havia para Ele indigno de Sua atenção, coisa alguma a que desdenhasse prestar auxílio.
Assim, à medida que Se desenvolvia em sabedoria e estatura, crescia Jesus em graça para com Deus e os homens. [...] A atmosfera de esperança e valor que O circundava, tornava-O uma bênção em todo lar. [...]
Viveu para agradar, honrar e glorificar o Pai nas coisas comuns da vida. Sua obra começou por consagrar o humilde ofício do operário que labuta para ganhar o pão cotidiano. Quando trabalhava ao banco de carpinteiro, fazia tanto a obra de Deus, como quando operava milagres em favor da multidão. E todo jovem que segue o exemplo de Cristo na fidelidade e obediência em Seu humilde lar, pode reclamar aquelas palavras proferidas a respeito dEle [...]: “Eis aqui o Meu Servo a quem sustenho, o Meu Eleito, em quem se compraz a Minha alma” (Isaías 42:1). O Desejado de Todas as Nações, p. 74.
2 • O ÚNICO MESTRE SUPREMO
A • O que podemos entender, na profecia de Isaías, a respeito da voz de Jesus? Isaías 42:2.
2 Não clamará, não se exaltará, nem fará ouvir a sua voz na rua. 
A voz de Cristo não foi ouvida na rua, em disputa ruidosa com aqueles que se opunham à Sua doutrina. Nem era Sua voz alçada na rua em oração ao Pai, para que os homens a ouvissem. Sua voz não foi ouvida em alvoroçada hilaridade. Sua voz não se elevou para ganhar o aplauso e a bajulação dos homens. Quando ensinava, levava Seus discípulos para longe do ruído e agitação da cidade, a algum lugar afastado, mais em harmonia com as lições de humildade, piedade e virtude, com as quais desejava impressionar suas mentes. Ele evitava o louvor humano, e preferia retiros pacíficos e solitários ao barulho e confusão da vida mortal. Sua voz foi muitas vezes ouvida em sincera e fervorosa intercessão a Seu Pai, para cuja devoção Ele escolhia a montanha solitária. Frequentemente passava noites inteiras em oração, a fim de ser fortalecido e sustentado quando sob as tentações que o assediavam, e pudesse cumprir a importante missão a que viera, de salvar o homem. Suas petições eram fervorosas e entrecortadas por clamores e lágrimas. Não obstante Seu labutar de alma durante a noite, não cessava Seu trabalho durante o dia. De manhã, discretamente retomava Sua desinteressada obra de misericórdia e benevolência. — The Spirit of Prophecy, vol. 2, pp. 30 e 31.
O Salvador Se conduzia entre os homens em assinalado contraste com os mestres dos seus dias. Em Sua vida não havia qualquer disputa ruidosa, nenhum culto à ostentação, nenhum acto para ganhar aplausos — nunca nada disso foi testemunhado. O Messias estaria oculto em Deus, e Deus seria revelado no caráter de Seu Filho. — Profetas e reis, p. 693.
B • O que afirmavam, sobre a maneira de Jesus falar, os que ouviram Suas palavras? João 7:46.
6 Disse-lhes, então, Jesus: Ainda não é chegado o meu tempo; mas o vosso tempo sempre está presente. 
Jesus é nosso exemplo. Sua voz era musical, nunca elevada em tons altos e estridentes quando falava às pessoas. Ele não falava tão rapidamente que Suas palavras se atropelassem, de modo a tornar difícil a compreensão. Enunciava claramente cada palavra. — The Review and Herald, 5 de março de 1895.
[Os discípulos no cenáculo] viram as mãos e os pés marcados pelos cruéis cravos. Reconheceram Sua voz, como nunca ouviram nenhum outro falar. O Desejado de Todas as Nações, p. 803.
3 • ALCANÇANDO OUTRAS PESSOAS
A • O que mais profetizou Isaías a respeito de Jesus? Isaías 42:3. O que o trabalho do Senhor incluiu? João 10:16; Mateus 12:20 e 21.
3 A cana trilhada, não a quebrará, nem apagará o pavio que fumega; em verdade trará a justiça;
16 Tenho ainda outras ovelhas que não são deste aprisco; a essas também me importa conduzir, e elas ouvirão a minha voz; e haverá um rebanho e um pastor.
20 Não esmagará a cana quebrada, e não apagará o morrão que fumega, até que faça triunfar o juízo; 21 e no seu nome os gentios esperarão.
A igreja não tem sido devidamente educada para trabalhar fora de seu próprio povo. Muitas almas fora da igreja poderiam ter sido iluminadas e muito mais luz trazida para a igreja, se todo o membro da igreja que pretende ter a luz avançada da verdade, em cada país tivesse trabalhado de coração e alma e com a voz a fim de ganhar almas para a verdade. Muito pouco trabalho está sendo feito pelos membros da igreja em prol dos que necessitam da luz, os que estão fora da igreja dos adventistas do sétimo dia. [...] O Senhor tem determinado o dever de toda a alma. No juízo, ninguém terá qualquer escusa a apresentar por não cumprir o seu dever. Testemunhos para ministros e obreiros evangélicos, pp. 127 e 128. Para o coração de Cristo a própria presença do infortúnio1 era um apelo em prol de auxílio. Os pobres, os sofredores, os desolados, desamparados, os desanimados, os desapontados encontravam nEle um compassivo Salvador, um poderoso Restaurador. [...] Cristo identifica Seus interesses com os da humanidade sofredora, e diz-nos que tudo que fizermos para aliviar um sofredor, nós o fazemos a Ele. [...] — Medicina e salvação, p. 121.
B • Com que propósito Jesus veio a este mundo? João 3:17. O que mostra Sua paciência com os pecadores?
17 Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. 
Quando Judas se uniu aos discípulos, não era insensível à beleza do caráter de Cristo. Sentia a influência daquele poder divino que atraía pecadores ao Salvador. Aquele que não viera quebrar a cana trilhada nem apagar o fumegante pavio, não repeliria essa pessoa enquanto nela houvesse um único desejo que a atraísse para a luz. O Salvador lia o coração de Judas; sabia as profundezas de iniquidade a que, se o não livrasse a graça de Deus, havia ele de imergir. Ligando a Si esse homem, colocou-o numa posição em que poderia ser dia a dia posto em contato com as torrentes de Seu próprio abnegado amor. Abrisse ele o coração a Cristo, e a graça divina baniria o demônio do egoísmo, e mesmo Judas se poderia tornar um súdito do reino de Deus. — O Desejado de Todas as Nações, p. 294.
Jesus estava sequioso2 de sua alma [de Judas]. Sentia-Se por ele tão oprimido como por Jerusalém, quando chorara sobre a condenada cidade. Seu coração bradava: “Como posso renunciar a ti?” O empolgante poder daquele amor foi sentido por Judas. — Ibidem, p. 645.
4 • AJUDA INFALÍVEL
A • Qual era a atitude de Jesus diante de situações difíceis, e como Seu exemplo pode nos ajudar? Isaías 42:4.
4 não faltará nem será quebrantado, até que ponha na terra a justiça; e as ilhas aguardarão a sua lei. 
[Jesus] atingiu a maior profundeza da miséria e aflição humana, a fim de tomar o homem do modo como o encontrou, um ser manchado pela corrupção, degradado pelo vício, depravado pelo pecado e unido a Satanás na apostasia, e elevá-lo a um lugar no Seu trono. Escreveu-se, porém, a Seu respeito que “não falhará nem será quebrantado”, e Ele foi avante na senda da abnegação e da renúncia a Si mesmo, dando-nos o exemplo, para que sigamos as Suas pegadas. Devemos trabalhar como Jesus, renegando a nossa própria vontade, afastando-nos das seduções de Satanás, desprezando a comodidade e aborrecendo o egoísmo, a fim de salvar e buscar o perdido, conduzindo almas das trevas para a luz, para o brilho do amor de Deus. Fomos encarregados de ir e pregar o evangelho a toda criatura. Devemos transmitir aos perdidos as boas novas de que Cristo pode perdoar o pecado, renovar a natureza, revestir a alma das vestes de Sua justiça, pôr o pecador em conformidade com os Seus planos, e ensiná-lo e habilitá-lo a ser cooperador de Deus. — Fundamentos da educação cristã, p. 199.
B • Que segurança todos os que buscam trabalhar para Deus em sua esfera podem ter? Isaías 40:30 e 31.
30 Os jovens se cansarão e se fatigarão, e os mancebos cairão, 31 mas os que esperam no Senhor renovarão as suas forças; subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; andarão, e não se fatigarão.
Maravilhosas são as possibilidades dos jovens de compreender as garantias da Palavra de Deus. A mente humana é limitada em sua capacidade de vislumbrar as realizações espirituais ao seu alcance, caso se torne participante da natureza divina. Cada dia corrigindo erros e ganhando vitórias, podemos crescer em sabedoria, tornando-nos homens e mulheres fortes em Cristo. [...]
O homem que espera no Senhor é forte em Sua força, forte o suficiente para manter-se firme sob grande pressão. Ao mesmo tempo, é uma pessoa tratável, e permanece ao lado da misericórdia e da compaixão, que é o lado de Cristo. A alma que é submissa a Deus está pronta para cumprir Sua vontade. E com diligência e humildade busca conhecer qual é essa vontade. Aceita a disciplina, e receia andar de acordo com seu próprio julgamento finito. Comunga com Deus, e sua pátria está nos céus.
Ligado ao Infinito, o homem é feito participante da natureza divina. Os dardos do maligno não têm nenhum efeito sobre ele, pois está revestido da armadura da justiça de Cristo. Minha consagração hoje, p. 277.
5 • A QUE GRANDE DEUS SERVIMOS!
A • O que Isaías nos diz acerca do poder de Deus? Isaías 40:26-29.
26 Levantai ao alto os vossos olhos, e vede: quem criou estas coisas? Foi aquele que faz sair o exército delas segundo o seu número; ele as chama a todas pelos seus nomes; por ser ele grande em força, e forte em poder, nenhuma faltará. 27 Por que dizes, ó Jacó, e falas, ó Israel: O meu caminho está escondido ao Senhor, e o meu juízo passa despercebido ao meu Deus? 28 Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o Senhor, o Criador dos confins da terra, não se cansa nem se fatiga? E inescrutável o seu entendimento. 29 Ele dá força ao cansado, e aumenta as forças ao que não tem nenhum vigor. 
No canto do pássaro, no sussurro das árvores e na música do mar, podemos ouvir ainda Sua voz, a voz que falava com Adão no Éden, pela viração do dia. E ao Lhe contemplarmos o poder na natureza, encontramos conforto, pois a palavra que criou todas as coisas é a mesma que comunica vida. Aquele “que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo” (2 Coríntios 4:6). — O Desejado de Todas as Nações, pp. 281 e 282.
As estrelas também têm uma mensagem de bom ânimo para cada ser humano. Naquelas horas que sobrevêm a todos, nas quais desfalece o coração, e a tentação nos oprime rudemente; nas quais os obstáculos parecem insuperáveis, impossíveis de consecução os o3objetivos da vida, e suas lisonjeiras promessas semelhantes às maçãs de Sodoma, onde, então, se poderá encontrar ânimo e firmeza como naquela lição que Deus nos ordena aprender das estrelas em seu curso imperturbável? — Educação, p. 115.
B • Quando consideramos a grandeza de Deus, o que somos levar a fazer? 1 Samuel 12:24; Marcos 5.19; Salmos 31:19.
24 Tão-somente temei ao Senhor, e servi-o fielmente de todo o vosso coração; pois vede quão grandiosas coisas vos fez. 
19 Jesus, porém, não lho permitiu, mas disse-lhe: Vai para tua casa, para os teus, e anuncia-lhes o quanto o Senhor te fez, e como teve misericórdia de ti. 
19 Oh! quão grande é a tua bondade, que guardaste para os que te temem, a qual na presença dos filhos dos homens preparaste para aqueles que em ti se refugiam! 
A árvore do deserto é um símbolo do que Deus deseja para a vida de seus filhos neste mundo. Eles devem guiar as almas cansadas, cheias de perturbação e prestes a perecer, do deserto do pecado à água viva. Ibidem, p. 116.
PARA  REFLETIR
1. Como podem os cristãos, incluindo os jovens, cumprir o texto de Isaías 42:1 em sua vida diária?
2. O que tornava distinta a maneira de Cristo ensinar nesse mundo?
3. Como podemos seguir o exemplo de Cristo em ajudar aqueles que estão fora da igreja?
4. À medida que crescemos em sabedoria, o que faremos cada dia?
5. Que lição podemos aprender com as estrelas?