sábado, 10 de setembro de 2022


PAZ PARA VIVER: 15 - Deus tem um POVO

Introdução: “Desde os níveis mais profundos da terra, sob os nossos pés, até às mais longínquas estrelas, tudo o que existe faz parte do universo. O universo é tão grande que contém incontáveis biliões de estrelas, e continua a expandir-se a grande velocidade. No entanto, a maior parte do universo é composta apenas por espaço ‘vazio’.” – Mini-Enciclopédia, cap. O Universo, p. 14 – Texto Editora

Estima-se que existam 100.000 milhões de galáxias no Universo.

Cada galáxia contém aproximadamente 1.000 milhões de estrelas.

O universo é tão vasto que as unidades de medida como os quilómetros ou as milhas tornam-se insignificantes. Assim, criou-se uma unidade de medida especial, o ano-luz, que se utiliza para calcular as distâncias entre as estrelas e galáxias.

Um ano luz é equivalente a 9.455 biliões de quilómetros, a distancia que a luz percorre num ano. O universo conhecido ultrapassa os 20 biliões de anos-luz.

Damos graças a Deus pelo conhecimento do Universo, do infinitamente grande e do infinitamente pequeno. O infinitamente grande e distante é possível de ver graças aos avanços da Astronomia. Os astrónomos têm acesso ao universo através de poderosos telescópios montados em determinados pontos da terra e até do espaço.

Os astrónomos norte-americanos anunciaram ter descoberto o objecto espacial mais distante da Terra. Trata-se de uma pequena galáxia situada a 12,3 mil milhões de anos-luz da Terra, descoberta por uma equipa de astrónomos da Universidade do Hawai, que recorreu ao telescópio Keck, situado naquele país.

O infinitamente pequeno, ou seja os seres vivos, compostos por unidades ínfimas, as células. Normalmente, são tão pequenas que só se tornam visíveis em microscópios especiais. Há organismos compostos por uma única célula e há outros que têm milhões de células. Os seres vivos mais numerosos são, normalmente, demasiado pequenos para os podermos observar sem a ajuda de um microscópio.

O que é mais extraordinário é que a Natureza ensina-nos que existe um carácter de unicidade: Isto é, nenhuma folha de árvore é exactamente igual a outra, os milhões de flocos de neve são todos diferentes. Nada do que existe no Universo infinitamente grande é exactamente igual. Nenhuma estrela é exactamente igual a outra estrela. Da mesma forma, o que existe no Universo infinitamente pequeno, também em nada é exactamente igual.

Nenhum floco de neve é igual a outro floco. Estes cristais, analisados ao microscópio, todos se apresentam em forma de cruz, mas nenhuma é igual à outra. O mesmo se passa nas folhas das árvores. Mas isso é notório com especial relevância no ser humano. Deus colocou, no corpo de cada ser humano, uma marca exterior visível que permite uma identificação absoluta entre milhões de seres humanos – as impressões digitais.

O mais curioso é que os estudiosos afirmam que no passado nunca existiu um ser igual ao outro. Não existe no presente e provavelmente não existirá no futuro. Nós somos um original, não somos a cópia de ninguém, porém fomos criados cada um à imagem e semelhança de Deus.

É isto que a Natureza nos ensina. O carácter de unicidade. Na folha da árvore, nos milhões de flocos de neve, no corpo humano, em todo o lugar Deus coloca a Sua marca. Tudo tem a marca ou selo de Deus.

Ele fez as coisas todas segundo a sua espécie e nós somos da raça de Deus.

“Que é o homem, para que dele te lembres? ...Tu o fizeste um pouco menor que os anjos...” Hebreus 2:6 e 7

Adão foi a coroa de glória na Criação de Deus. O homem é o resultado duma intervenção especial do Criador.

Paulo diz: “Somos da raça de Deus...”

O sinal da intervenção de Deus permanece no ser humano. Apesar do pecado, continua a haver um abismo profundo entre o homem e os animais.

Há religiões orientais que consideram o homem inferior aos animais. Estes são adorados como deuses. Isto acontecia já com os Antigos Egípcios. Eles tinham o escaravelho, e outros animais, como deuses. O sol era adorado. A criatura no lugar do Criador.

Jesus posicionou-Se contra estas filosofias que na nossa sociedade têm tomado caminho entre nós nas últimas décadas e que continuam a progredir: “Quanto mais não vale um homem que um animal …e vós valeis muito mais que os pássaros...” (Mateus 6:26)

Não devemos pensar que somos superiores aos outros, porém e por outro lado, não devemos nos rebaixar, menosprezar. Foi Jesus que nos deu o valor. E para isso Ele rebaixou-Se até ao pó. Chega a dizer: “Eu sou um verme e não um homem.” (Salmo 22:6)

Mesmo se nós pensamos que caímos muito baixo, ... que perdemos completamente a imagem de Deus em nós, ... que não somos dignos nem do amor de Deus nem da estima de ninguém...

Jesus diz-nos que conservamos a nossa dignidade de seres humanos criados à imagem de Deus: “Eu conheço as minhas ovelhas pelos seus próprios nomes”.

“Eu chamo-te pelo teu nome, tu és meu.”

Toda a Santa Escritura nos diz que temos muito valor:

- Aos olhos do Pai, porque foi Ele que nos criou.
- Aos olhos do Filho, porque Lhe custou a vida para nos resgatar.
- Aos olhos do Espírito Santo, porque Ele escolheu fazer a Sua morada em nós.

Um lugar único no coração do Pai!

Deus tem muitos filhos, mas conhece a cada um em particular, de forma profunda e muito pessoal. Jesus disse: “Eu sou o bom pastor; eu conheço as minhas ovelhas, e as minhas ovelhas me conhecem.” João 10:14

O que identifica uma pessoa é o nome. O bom Pastor conhece pelo nome: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz: eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna, ninguém pode arrebatá-las da minha mão.” João 10:14, 27, 28

Em Génesis 22:2, Deus dirige-se a Abraão: “Toma o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas...”

Nós podemos imaginar este diálogo apresentado na Bíblia sem compassos. Mas Deus estava habituado a conversar com Abraão e certamente nesta altura as coisas ter-se-ão passado como se passavam sempre:

– Abraão toma o teu filho.

– Senhor, Tu sabes bem que tenho dois.

– O teu único.

– Mas, Senhor, cada um é único. Cada um tem um lugar único no meu coração.

– Aquele que tu amas.

– Mas, Senhor, eu amo os dois.

– Isaque.

– Senhor, porque o não disseste logo?

Através deste diálogo imaginário, mas possível, concluímos que todos somos filhos de Deus, únicos e amados de forma pessoal e bem particular. Temos um nome diferente, uma personalidade diferente.

“Ao que vencer darei do maná escondido, e lhe darei uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece senão aquele que o receber.” Apocalipse 2:17

“...alegrai-vos antes por estarem os vossos nomes escritos nos céus.” Lucas 10:20

Um lugar único no mundo. É importante ter a convicção de que somos a pessoa certa. Nada há mais triste do que pensar que estamos num certo lugar porque não havia mais ninguém. Devemos pensar, e Deus quer que pensemos, que somos como Deus nos fez. Face a alguém que consideremos mais importante, mais inteligente, mais bonito devemos pensar: “eu estou aqui e posso ser útil nalguma coisa porque esta pessoa nunca encontrou ninguém exactamente como eu. Não só não encontrou mas nunca encontrará porque sou um ser único. E reciprocamente.”

“Na realidade, sou único não porque sou tudo, reúno em mim todas as qualidades, mas sou único, porque sou um elemento indispensável no todo que é a humanidade.

Experiência: Depois de um choque de comboios no Barreiro, um homem ficou com braço e perna decepados. Fiquei aterrorizado quando tropecei na perna – um membro ali, aterrorizado não pela perna, mas por ela estar no lugar que não lhe pertencia, que era no corpo.

Desta forma, eu encontro a minha harmonia na convivência com os outros membros do corpo. A Bíblia diz que Jesus é a Cabeça: “Mas quero que saibais que Cristo é a cabeça de todo o varão, e o varão a cabeça da mulher; e Deus a cabeça de Cristo.” I Coríntios 11:3

“E sujeitou todas as coisas aos seus pés, e sobre todas as coisas o constituiu como cabeça da igreja.” Efésios 1:22

“E ele é a cabeça do corpo da igreja, é princípio e o primogénito de entre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência.” Colossenses 1:18

A Igreja – Corpo de Cristo.

A verdadeira identidade é dada por Cristo. Eu tenho um Bilhete de Identidade que me identifica como cidadão português. Ao entrar no país, vindo de uma viagem aérea, é-me solicitado o meu bilhete de identidade para provar que sou cidadão nacional.

Também o povo de Deus, resgatados pelo sangue de Jesus, tem uma identidade inquestionável. Não quer dizer que os outros cidadãos estrangeiros não sejam gente boa, digna, honesta. Mas se não apresentam o Bilhete de Identidade com o selo da República Portuguesa, não são portugueses.

São estrangeiros ou anónimos se não têm documento de identificação!

O mesmo se passa na vida espiritual. Não chega ser sincero, cantar hinos e orar. É preciso ter a Identidade de Cristo. Não é suficiente ir a uma igreja, por mais belo e antigo que seja o Templo. Não basta ser fiel à tradição herdada dos pais. É uma coisa que devemos considerar como nobre. Os filhos e as filhas que seguem a religião que os pais seguiram. Porém, o importante, no que diz respeito à verdadeira fé e salvação, é ir à igreja onde Jesus iria se vivesse hoje na Terra, como foi há dois mil anos. Qual seria a igreja à qual Jesus iria hoje?

Quando o nosso Senhor Jesus Cristo esteve na Terra, costumava ensinar o povo através de parábolas. Elas ilustravam a vida real, concreta e o povo conseguia compreender. Estas parábolas tinham uma grande afinidade com a vida do campo. Desta forma Jesus relacionava as Escrituras com a vida de todos os dias, de forma que compreendessem quem Ele era, qual a Sua Missão e o que Deus esperava deste povo.

A parábola que iremos falar encontra-se em: Mateus 21:33-46: “Havia um proprietário que plantou uma vinha. Circundou-a com um muro, construiu nela um lagar, edificou uma torre, arrendou-a a uns lavradores e ausentou-se do país.

“Chegado o tempo dos frutos, enviou os seus servos aos lavradores, para receber os seus frutos.

“Os lavradores, agarrando os servos, feriram a um, mataram a outro, e apedrejaram a outro.

“Então enviou outros servos, em maior número do que os primeiros, e eles fizeram-lhes o mesmo.

“Por último enviou-lhes seu filho, dizendo: Respeitarão a meu filho.

“Mas os lavradores, vendo o filho, disseram entre si: Este é o herdeiro. Vinde, matemo-lo, e apoderemo-nos da sua herança.

“Assim, agarraram-no, arrastaram-no para fora da vinha, e o mataram.

“Portanto, quando vier o dono da vinha, que fará àqueles lavradores?”

“Responderam-lhe: Destruirá de maneira horrível a esses infames, e arrendará a vinha a outros lavradores, que no devido tempo lhe enviem os frutos.

“Disse-lhes Jesus: Nunca lestes nas Escrituras:

“A pedra que os edificadores rejeitaram, essa se tornou a pedra angular; o Senhor fez isto, e é maravilhoso aos nossos olhos?

“Portanto, eu vos digo que o reino de Deus vos será tirado, e será entregue a um povo que produza os seus frutos.

“Aquele que cair sobre esta pedra se despedaçará, mas aquele sobre quem ela cair será reduzido a pó.

“Os principais sacerdotes e os fariseus, ouvindo estas parábolas, entenderam que ele falava a seu respeito.

“Procuraram prendê-lo, mas tiveram medo da multidão, porque o povo o considerava como profeta.”

Uma vinha com uma cerca.

Esta parábola não era desconhecida para o povo daquela época porque eles conheciam: Isaías 5:1, 2 que falava de uma cerca.

“O meu amado tem uma vinha num outeiro fértil. E a cercou, e a limpou das pedras, e a plantou de excelentes vides; e edificou no meio dela uma torre, e também construiu nela um lagar, e esperava que desse uvas...”.

A vinha representava os que foram nessa época o povo de Deus: “Porque a vinha do Senhor dos Exércitos é a casa de Israel, e os homens de Judá são a planta das suas delícias...”. Isaías 5:7

Quer isto dizer que quando o Senhor Jesus apresentou a parábola, o povo compreendeu onde Jesus queria chegar com ela. Estava a falar da Igreja do Senhor. A igreja que vem do Antigo Testamento e continua no Novo Testamento.

Mas há nesta parábola um lamento, que é confirmado em Mateus 21:43: “Portanto, eu vos digo que o reino de Deus vos será tirado, e será entregue a um povo que produza os seus frutos.”

A vinha continua a pertencer ao Senhor, mas a primeira vinha não deu os frutos esperados, desejados e por isso, como vinha, tinha que ser cortada, podada. Os ramos secos deviam ser retirados. O tronco da vinha devia permanecer, bem como alguns ramos, porque davam fruto segundo a justiça de Deus. Outros, porém, não produziam frutos bons, sinceros e deviam ser cortados, a fim que no seu lugar fossem enxertadas vides que produzissem frutos: “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Eu sou a videira, vós sois os ramos. Se alguém permanece em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; sem mim nada podeis fazer.” João 15:1,5.

Jesus é a verdadeira cepa,. Os Seus discípulos foram bons ramos. Isto está perfeitamente explicado por Jesus.

Então já sabemos o que significa a vinha – é a igreja de Deus, o povo de Deus.

Que representa a cerca?

Como já vimos a vinha foi colocada dentro da cerca.

Que representa esta cerca?

Uma coisa se percebe facilmente. Esta parábola é simbólica. Já vimos que a vinha representa o povo, a IGREJA.

Num texto bíblico se uma parte é simbólica, o restante do texto é também simbólico. Isto é o que diz a Hermenêutica – a ciência que interpreta a ciência santa.

Se a vinha é de carácter espiritual: o povo. A cerca só pode ser de carácter espiritual. Então para que serve a cerca? A cerca tem normalmente duas funções:

A primeira é para marcar o limite entre o terreno do Senhor e o terreno alheio. A cerca tem também a função de proteger. Dentro da cerca há segurança, fora dela a protecção é difícil. Então esta cerca tem de significar alguma norma, princípio que possa proteger, preservar, guardar e manter a igreja dentro dela, isto é, dentro do terreno de Deus.

Vou propor o que estou profundamente convencido que é a cerca, e depois vou provar com textos bíblicos: É a lei de Deus: Êxodo 20:1-17.

Por que razão digo que é a Lei de Deus?

Porque lemos em Romanos 7:12: “E assim a lei é santa, e o mandamento santo, justo e bom.”

Só uma coisa santa, justa e boa pode preservar a Igreja de Deus.

E ainda em Romanos 7:14: “Porque bem sabemos que a lei é espiritual, mas eu sou carnal, vendido sob o pecado.”

Então para além da Lei ser santa, justa e boa, é espiritual. Não necessitaria de mais provas para compreender o que o Senhor Jesus quis dizer na Parábola de Mateus 21:33.

Mas há uma passagem que reforça e confirma o que acabamos de dizer: “Muita paz têm os que amam a tua Lei, e para eles não há tropeço.” Salmo 119:165

A estes, que obedecem à Lei de Deus, é prometido qualquer coisa de muito importante, qualquer coisa que é a maior necessidade dos homens e mulheres que vivem neste mundo: A paz, mas a paz de Deus. A paz de quem vive na aceitação dos princípios do Soberano do Universo.

Que acontece aos que saltam por cima da cerca, ou que tentam destruí-la?

“Qualquer que comete pecado, também comete iniquidade; porque o pecado é iniquidade.” I João 3:4

Iniquidade quer dizer, ir de encontro aos divinos preceitos de Deus. É saltar por cima dos preceitos de Deus, é saltar por cima da cerca de Deus. E, consequentemente, entrar fora do terreno alheio. Terreno que foi roubado ao homem no princípio, onde Satanás assentou arraiais.

Da mesma forma que uma pessoa que vive à margem da lei é um delinquente, criminoso e vive em delito. Temeroso de ser apanhado em qualquer momento. Assim vive a pessoa à margem da Lei de Deus. Não tem paz, não desfruta a verdadeira alegria. Não sente o companheirismo com Jesus Cristo.

Porque vive no terreno de Satanás. E isso leva à morte: “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus, nosso Senhor.” Romanos 6:23

Está destituído da glória de Deus: “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus.” Romanos 3:23

Ou seja, estão perdidos, não fazem parte do corpo de Cristo, da igreja do Senhor.

Vou fazer uma pergunta muito séria: Onde pensam que Deus guarda a Sua igreja, que faz parte do corpo de Cristo, longe do corpo?

Como aquela perna decepada?

Devo lembrar que o Senhor pagou um preço elevadíssimo por ela. Foi o sangue de Jesus. O sangue de Jesus correu pela cruz até encharcar a terra. O sangue é o símbolo máximo de uma aliança.

Antigamente os nobres muitas vezes faziam um corte no pulso e encostavam ao corte do amigo para fazerem um pacto de fidelidade. Isso significava que o sangue que passava no coração de um passava no coração do outro.

Foi isto que Deus fez – um pacto que custou o sangue do Seu Filho, e Deus deseja conservar com fidelidade os Seus queridos que Ele resgatou com o sangue da Aliança, num lugar seguro, onde Ele em liberdade possa tomar conta deles.

Posto isto, compreendemos que Deus deseja manter essa cerca intacta, mas a verdade é que a cerca tem rombos significativos. Foi atingida em duas partes. Quem fez isso?

Deus, com certeza não foi, porque Jesus disse: “Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim ab-rogar, mas cumprir. Porque, em verdade vos digo que, até que o céu e aterra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido. Qualquer, pois, que violar um destes mais pequenos mandamentos, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar, será chamado grande no reino dos céus.” Mateus 5:17-19

Ao profeta Daniel, em visão, foi-lhe mostrado quem faria isso: “E proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a lei.” Daniel 7:25

Mudar a Lei. Romper a cerca.

Quando lemos os Dez Mandamentos na Santa Bíblia, e os comparamos com a realidade católica reflectida no resumo dos mandamentos do catecismo, vemos, lamentavelmente, onde estão os rombos.

A Lei de Deus
A Lei Romana.

O 2.º mandamento proíbe a adoração e reverência às imagens.

O 4.º mandamento ordena santificar o Sábado.

Os protestantes fizeram arranjos na cerca, repararam uma brecha, relacionada com o 2.º mandamento: adoração das imagens. Nisto têm toda a razão, porque o mandamento é claro. Não se devem interpor imagens na adoração a Deus. O problema dos protestantes é que deixaram um rombo por reparar: o mandamento do Sábado.

Ilustração: Um espanhol viajava de comboio, há muitos anos. Era inverno, uma hora da manhã e a janela aberta. Entrava um frio que congelava. Na sua frente ia uma senhora idosa e mal vestida, com roupas muito leves. A idosa senhora pediu-lhe para ele fechar a janela porque tinha muito frio.

Ele, de forma rude, respondeu: Es igual.

E não fechava a janela. Nestas situações há sempre alguém para defender a causa do fraco, dos que sofrem a injustiça. Um homem levantou-se e, dirigindo-se ao espanhol, disse: Feche imediatamente essa janela.

– Es igual – respondeu o rude espanhol.

O passageiro, não podendo suportar esta atitude de indelicadeza, foi chamar o revisor. Este, em tom de autoridade, ordenou que a janela fosse imediatamente fechada.

– Es igual – foi a lacónica resposta.

Perante a insistência. Lá fechou a janela. Enquanto a fechava deitou o braço de fora, para mostrar que o vidro estava quebrado. O espanhol tinha razão, ao dizer que era igual. De facto, com a janela fechada ou aberta, sofria-se o mesmo efeito, porque o frio entrava de qualquer maneira.

Que importância tem ter reparado um vidro da janela se deixaram outro partido! O frio entrará da mesma maneira. Enquanto uma parte da cerca tiver defeito, Satanás poderá entrar e sair sempre que queira, porque não há limite real no terreno. Não importa se a igreja está dentro de uma sebe, ainda que aparentemente muito bonita, se tem uma parte destruída. Bem disse o apóstolo Tiago: “Porque qualquer que guardar toda a lei e tropeçar num só ponto, tornou-se culpado de todos.” Tiago 2:10

Assim podemos dizer, sem querer ferir ninguém, mas por amor à verdade: Que importa que uma igreja esteja dentro ou fora de uma cerca danificada?

A missão da igreja no mundo.

Com relação a este assunto creio ser muito importante, perguntar:

– Por que razão veio Jesus ao mundo, sofrer e morrer?

– Será que veio para destruir a Lei?

De forma alguma. Essa é a missão do adversário de Deus. Foi ele que se colocou à margem da vontade de Deus, e por todos os meios procura arrastar outros com ele: “Quem comete o pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo.” I João 3:8

A Bíblia é clara, Jesus veio salvar-nos do pecado. Perdoar-nos, lançar a Sua graça sobre os que aceitam a morte de Jesus como redentora. Jesus não quer guardar-nos dentro de qualquer “cerca” feita de princípios humanos. Essas são cercas que não merecem confiança.

A essas Satanás responde: és igual.

Deus quer conservar um povo dentro do Seu território ganho com sangue. Por isso Ele disse a Maria Madalena: “Vai e não peques mais.” Ela vivia no terreno de Satanás. Jesus perdoou, mas disse-lhe: “Não continues no terreno minado, se queres a minha graça e protecção.”

Não pecar é antes de tudo não violar a Lei de Deus.

O bilhete de identidade da Verdadeira Igreja.

Todo o Bilhete de Identidade tem três elementos de identificação. Quais são?

A foto: a fé.
A assinatura: a perseverança. A parte humana, a decisão.
Impressão digital: A Lei de Deus.

Qual é o mais importante, a impressão digital, a foto, ou assinatura?

A foto pode ser retocada e falseada. Da mesma forma a fé não pode ser exclusivamente sentimento, emoção, mas a expressão de uma convicção que assente no Evangelho Eterno.

Ilustração: Correu uma notícia de um homem que foi acusado de ter matado uma pessoa. Havia uma só testemunha, mas em tribunal, parecia tão convencida, que o juiz não teve dúvidas em condenar o acusado.

O advogado do acusado, sabendo da inocência, não descansou até descobrir o verdadeiro culpado. Muito próximo do local onde tinha vivido o acusado, havia um homem muito parecido. Levados diante da testemunha, esta confessou a sua confusão: não podia reconhecer qual dos dois era o assassino.

A assinatura representa a perseverança. É importante, devemos permanecer fiéis no que é verdadeiro, no que é sagrado, não uma perseverança nas tradições.

A impressão digital, representa a Lei de Deus. Escrita pelo Dedo Santo. Esta não pode ser alterada, é imutável.

Entretanto o advogado tinha feito analisar as impressões digitais, de um e do outro e, comparadas com as que tinham sido deixadas sobre a vítima, não houve dúvida. A testemunha estava errada.

Há um texto que apresenta os elementos de identificação da Verdadeira Igreja.

“Aqui está a paciência dos santos, aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus.” Apocalipse 14:12

A foto: a fé em Jesus. Muitas religiões são parecidas. São o resultado de desentendimentos, não têm uma base bíblica segura.

Só conheço uma Igreja que apresenta as características apresentadas por Jesus na Parábola de Mateus 21:33 – É a Igreja Adventista do Sétimo Dia.

Está a sua igreja dentro dos muros, da cerca do Senhor? Se assim não é, deve mudar e mudar hoje!

Quer ter protecção?
Quer ter paz para viver?
Que lhe diz neste instante o Espírito Santo?
Qual é a sua decisão?
Vai fazer a sua parte?
Ou quer ficar fora da Cerca?
Fora do terreno de Deus?

Quer continuar a viver sem paz e sem esperança de um dia ver Jesus face a face? Sinto que sei qual é a sua decisão e oro ao Senhor Jesus para lhe dar poder. Amem!

Pr. José Carlos Costa

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