05 – OS QUATRO CAVALEIROS
Introdução:
Recentemente o jornal inglês “The Sunday Telegraph” relacionava os
cataclismos que têm assolado a Terra com os 4 cavaleiros do Apocalipse.
“Os modernos cavaleiros do Apocalipse estão aí, os seus nomes são
Guerra, Fome, Pestilências e Morte.” Este artigo de várias páginas era
ilustrado com os cavaleiros um com uma espada na mão, outro com uma
balança, um outro com um arco e flechas, o último com uma forquilha. Era
também ilustrado com fotos da destruição das florestas, a perda dos
glaciares, dilúvios, erosão do solo, crianças africanas desnutridas e os
furacões que têm assolado a América Central e do Norte.
Será que esta descrição tem alguma coisa a ver com os quatro cavaleiros do Apocalipse?
1- O cavalo branco:
Apocalipse 6:2.
Nota explicativa: No Apocalipse a cor branca é sempre um símbolo de Cristo, ou de algo associado com Jesus como, por exemplo. vitória espiritual:
• Jesus glorificado tem cabelos brancos como a neve. Apocalipse 1:4
• Os fiéis receberão uma pedrinha branca, com um novo nome escrito sobre ela. Apocalipse 2:17
• Os vestidos dos salvos são brancos. Apocalipse 3:4,5,18
• Aos mártires são dadas vestes brancas. Apocalipse 6:11.
• Vestida de branco estará a grande multidão (os redimidos de todas as eras). Apocalipse 7:9-13
• O Filho do homem é visto sobre uma nuvem branca. Apocalipse 14:14
• No julgamento final, Deus é visto assentado num trono branco. Apocalipse 20: 11
• Não resta dúvida entre a associação da cor branca com Cristo e os Seus fiéis.
Assim,
o branco é a cor de Cristo e da Sua justiça. Significa que o primeiro
cavaleiro representa a verdadeira religião bíblica, ou o verdadeiro
cristianismo, que oferece a Palavra de Deus “pão da vida ou pão dos
anjos”. O cavaleiro não é violento, é portador da paz interior e do pão
da vida. O verdadeiro cristianismo é o oposto da guerra, da fome e da
morte.
2- O cavalo vermelho:
Apocalipse 6:4.
Nota explicativa: Houve
mudanças, agora já não é um cavalo branco, mas vermelho. Se o primeiro
cavaleiro representava o verdadeiro cristianismo, este cavalo é da cor
do sangue. Descreve com rigor o período desde o ano 100 até ao ano 313
d.C., quando Constantino assina em Milão o Édito de Tolerância. Se o
branco representa a pureza da fé, então o cavalo vermelho deve
considerar-se como a corrupção da fé pela introdução de inúmeras
heresias. Crenças pagãs como adoração do sol, (deus principal de
Constantino que se fez passar por cristão, aceitando o baptismo à hora
da morte) e ritos estranhos à fé cristã substituíram grande parte dos
princípios estabelecidos por Cristo e ensinados pelos Seus Apóstolos.
São
Paulo profetizou acerca deste período em que as doutrinas santas
passariam por um processo de paganização (Actos 20:27-31; II
Tessalonicenses 2:6; II Timóteo 4:1-4). São Pedro também não ficou em
silêncio em relação a este assunto (II Pedro 2:1-3). A igreja
tradicional, que absorveu estes ritos, continua a mantê-los apesar de
serem frontalmente contra a Palavra Santa.
Roma cristã não crucificou pessoas como o fizera a Roma pagã. Não, Roma cristã queimou-as vivas!
Roma pagã torturou criminosos que roubavam. Roma cristã torturou os seguidores de Cristo que liam a Bíblia!
Foi a igreja que conquistou o mundo, ou foi o mundo que conquistou a igreja?
3- O cavalo preto:
Apocalipse 6:5.
Nota explicativa: Representando o
cavalo branco vitória e pureza (veja o que diz São Paulo aos
Colossenses 1:23), deve considerar-se que o cavalo preto indica derrota,
ou que a sua cor denota uma ainda maior corrupção da fé genuína.
A
balança (do grego zugós “jugo”, pela semelhança dos braços da balança) é
vista como um símbolo. Considera-se que este símbolo descreve a
condição espiritual dentro da igreja depois que o cristianismo foi
legalizado a partir do século IV, quando se uniram a igreja e o estado.
No seguimento dessa união, a igreja preocupou-se especialmente com os
assuntos seculares; em muitos casos houve um esquecimento total da
espiritualidade.
A balança é
certamente símbolo da preocupação material. Não se trata aqui de uma
guerra vitoriosa na proclamação do Evangelho, nem tão pouco de
derramamento de sangue como no segundo cavalo, mas de um efeito muito
mais perverso e terrível: a fome. A fome espiritual a que foram votados
os cristãos, e o mundo necessitado do pão da vida.
4- Cavalo amarelo:
Apocalipse 6:8.
Nota explicativa:
Amarelo, a cor do temor e da morte. “o que estava sentado sobre ele
tinha por nome Morte”. Como compreender este simbolismo? Que se terá
passado na história da igreja e da civilização que leve a pensar em
“morte, inferno, poder para matar à espada, fome, peste...”? Parece
relacionar-se com degradação progressiva da moral, problemas de saúde
que se agravam, pragas e doenças. Morte nas águas, morte da terra,
poluição do ar.
A religião que
não satisfaz as necessidades profundas da alma, o aproveitamento e
multiplicação de “vendedores da fé” sem preocupação com a religião pura e
sem mácula, a que foi fundada pelo Senhor Jesus.
É
tempo de procurar o pão de Deus. É tempo de viver sob o poder de
Cristo. Os impérios (religiões) construídos sob a força e saber humano
desmoronam-se, mas a verdade edificada sobre Cristo permanece para
sempre.
Ainda que a verdade tenha
espinhos, como a rosa, os homens rectos levam-na junto do coração. As
nossas almas devem ser o santuário e o refúgio da verdade. Mesmo que a
verdade doa, aceite-a de qualquer maneira.
Respondendo
à pergunta inicial devemos dizer: Deus revela o futuro, não o futuro
que Ele quis que fosse, mas o futuro que os homens, gerindo a liberdade
prerrogativa dada por Ele, constroem com Deus ou sem Ele. E sem Deus as
forças do mal são implacáveis.
Deus
continua a ser o que foi para Abraão “Eu sou o teu escudo” (Génesis
15:1) e para David “o Senhor é a minha força e o meu escudo” (Salmo
28:7; Salmo 119:114).
Faça a sua
história ao lado de Jesus e terá paz no meio das agruras, esperança no
meio das lágrimas, equilíbrio emocional num mundo de doentes
depressivos. Aceite agora Jesus como seu Salvador e Companheiro na
jornada da vida. Porquê hesitar?
Apelo: Não deixe de
estudar os Sete Selos, este assunto interliga-se, como certamente
reparou, com os quatro Cavaleiros. Separámos os estudos para tornar mais
fácil a sua compreensão. Deus o/a abençoe!
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