sábado, 7 de julho de 2018

A BÍBLIA: 35 SÉCULOS CONTESTADA E AMADA

- O grande apóstolo gentílico, Paulo, prisioneiro de Nero em Roma (66 AD) em sua última e carinhosa epístola ao amigo Timóteo, profetizou um ingrato abandono das Escrituras Sagradas (II Tim 4:3 e 4). O que aconteceu em medida, talvez, jamais imaginada pelo bandeirante do evangelho. Nos últimos 30 anos do primeiro século já se notou um acentuado hiato no amor à Palavra de Deus, mesmo entre os professos cristãos. Depois, desde a aurora do XI até o XVII séculos, denso e negro manto pairou sobre a santa Palavra de Deus. Foram 1600 longos anos de cruel desprezo, humilhação e violência aos pregadores e semeadores da Bíblia.

Os que ousaram resistir, cerca de milhares, foram torturados e mortos de maneiras as mais horripilantes. Devorados por feras famintas, crucificados, jogados em creptantes fogueiras em logradouros públicos, estraçalhados em abismos pontiagudos, mortos por fuzilamentos e outros métodos maquinados por feras humanas. Em 1051, em Roma, uma lei determinou que somente os monges e outros intelectuais podiam ler a Bíblia; em 1229, também em Roma, uma outra lei foi promulgada, proibindo irreversivelmente o povo de ler as Sagradas Escrituras. Essa última lei durou até 1922.

O inglês João Wiclef (1320 a 1384), em virtude de ter efetuado a primeira tradução da Bíblia em língua moderna, foi queimado, e 40 anos depois suas cinzas foram jogadas no rio Avon; João Huss (1379 a 1415) por ter difundido a Bíblia traduzida por Wiclef, também foi queimado e suas cinzas deitadas ao rio Reno. Muitos outros tiveram fim semelhante. De 1793 a 1797, a França revolucionária tentou banir a Bíblia de seus domínios, sob a égide do partido Jacobino. No dia 10/11/1793, uma enorme passeata conduziu em triunfo um burro engalanado, tendo pendurados na cauda dois volumes do Antigo e Novo Testamento. Perto do famoso Arco do Triunfo, foi erigida e incinerada uma montanha de Bíblias, sob aplausos de milhares de espectadores.

No dia 24/10/1793, o sanguinário partido decreta extinção total do cristianismo na França. Nas cidades de Paris, Nantes e Lion, o massacre aos cristãos piedosos foi sem precedentes. Resultado de tão hediondo ultraje: A sociedade pagou elevadíssimo preço de sangue. Sofreu um caos tão brutal, do ponto de vista moral, político e social que não se encontrava um jovem em condições físicas, psíquicas e morais para servir às forças armadas.

O último dos apóstolos, João, em seu maravilhoso livro, o Apocalipse, disse a respeito da Bíblia: “E se alguém lhes (VT e NT) fizer mal, fogo sairá da sua boca, e devorará os seus inimigos, e, se alguém lhes quiser fazer mal, importa que assim seja morto” (Apocalipse 11:5). No dia 24/4/1797, aos poucos nobres que sobreviveram à crise fizeram uma contra-revolução, derrotaram o partido Jacobino, e o cristianismo e a Bíblia ressuscitaram das cinzas e triunfaram.

Os três mil e quinhentos anos que tem contemplado a profícua existência da Bíblia, igualmente têm testemunhado aparentes inglórias, e muitas glórias. Este livro maravilhoso, a despeito de sua antiguidade, permanece o mais atualizado de todos, e o maior best-seller no mundo da literatura. A maior prova a que se pode submeter à literatura é o tempo. Sobre qualquer livro escrito há um ou dois séculos, pesa a mão fria do esquecimento. Apenas os poucos amantes dos clássicos ainda consultam Homero, Horácio, Virgílio, Xenofonte e outros. Nas salas escolares os estudantes ouvem a seu respeito. Contudo, quem se habilita a lê-los? Ninguém.

A Bíblia é um conjunto de 66 livros, 39 no Velho e 27 no Novo Testamento. Contém 1.189 capítulos, 31.173 versículos, 773.692 palavras e 3.566.480 letras. Moisés, o primeiro escritor do VT foi príncipe da XVII dinastia egípcia no reinado dos faraós Tutmés III e Amenófis II (1.570 a 1.345 AC). Ele escreveu os cinco primeiros livros do VT, chamados de Pentateuco. Atribui-se também a Moisés a autoria do livro de Jó, o qual teria sido escrito antes do Pentateuco.

O VT foi concluído em 400 AC. Com o livro do profeta Malaquias. O NT foi escrito a partir aproximadamente do ano 50 AD, até o ano 97 AD. Há uma verdadeira interligação entre o VT e o NT. Existem cerca de 356 citações no VT no NT, e 205 do NT no VT. Uma das muitas razões por que a Bíblia inspira plena confiança e inspiração é que apesar de ter sido escrita num período de 1500 anos, seus quarenta autores viveram em tempo, política, costumes e cultura diversas, mas desenvolveram um só consenso dentro do contexto dos escritos sagrados.

Isto vem confirmar a sacracidade do livro de Deus. O apóstolo Paulo, que se converteu ao cristianismo em 37 AD e contribuiu com treze dos 27 livros do NT, assim se expressou acerca da inspiração dos autores bíblicos: “Toda a Escritura divinamente inspirada é proveitosa...” (II Tim. 3:16). O grande pregador D. L. Moody, cria de tal maneira na santidade da Bíblia que assim se expressou: “Este livro me fará evitar o pecado ou o pecado me fará evitar este livro”. O termo inspiração tem origem em duas palavras compostas: “Theos” – Deus, e “Pneo” – soprar, exalar. “Theospneustos”, que quer dizer: impregnado pelo “sopro” de Deus. O que ocorreu exatamente com os 40 escritores da Bíblia (Foto/Ilustração: Divulgação).

( Fonte )

A PRIMEIRA SESSÃO ESPÍRITA

 - O espiritismo teve origem em Lúcifer, quando se rebelou contra Deus e induziu cerca de um terço dos anjos à revolta contra o Céu. Isso foi o início do espiritismo.

O poder que nele há é de origem satânica. Devido a essa rebelião “ele foi precipitado na Terra, e seus anjos foram lançados com ele” (Apocalipse 12:9). A primeira manifestação de espiritismo na Terra ocorreu quando Satanás, agindo por intermédio da serpente, falou com Eva. O desígnio dele, então como agora, era enganar. Este tem sido sempre o fim do espiritismo.

Foi à manifestação de agentes satânicos (anjos caídos), disfarçados em espíritos desincorporados de pessoas defuntas, que deu origem à crença na imortalidade da alma. Desde tempos remotos, a comunicação com supostos espíritos de mortos tem sido à base da idolatria pagã. A manifestação desses anjos caídos, em formas de almas de pessoas mortas, é uma farsa com que Satanás procura dar vida à mentira por ele lançada no princípio do mundo: “Certamente não morrereis” (Gênesis 3:4).
O homem não possui vida eterna inerente. Disse Deus ao primeiro homem posto no mundo: “De toda a árvore do jardim comerás livremente: mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gênesis 2:16-17). Satanás, porém contradisse esta afirmação divina com a seguinte mentira: “Certamente não morrereis”. Eis o fundamento da doutrina da imortalidade da alma (espiritismo). A vida que Deus concedera ao homem era condicionada à obediência. Se obedecesse, viveria; se desobedecesse morreria. Nessas condições, no dia em que o homem caiu em desobediência, foi pronunciada sobre ele a seguinte sentença de morte: “és pó, e em pó te tornarás” (Gênesis 3:19).

“O único que prometeu a Adão vida em desobediência foi o grande enganador. E a declaração da serpente a Eva, no Éden – ‘Certamente não morrereis’ – foi o primeiro sermão pregado acerca da imortalidade da alma. Todavia, esta assertiva, repousando apenas na autoridade de Satanás, ecoa dos púlpitos da cristandade, e é recebida pela maior parte da humanidade tão facilmente como o foi pelos nossos primeiros pais. A sentença divina: ‘A alma que pecar, essa morrerá’ (Ezequiel 18:20), é dada a significação: A alma que pecar, essa não morrerá, mas viverá eternamente. Não podemos senão nos admirar da estranha fatuidade que tão crédulos torna os homens com relação às palavras de Satanás, e incrédulos com respeito às palavras de Deus” (O Grande Conflito, pág. 533).

O pecado entrou no mundo com todo o desgosto, tristeza e morte que se tem seguido, em virtude de Satanás operar por meio de um médium. Os escritores bíblicos reconheceram, não somente o poder que há no espiritismo, como a origem do mesmo. Os anjos maus, os que se uniram a Lúcifer em sua rebelião, sob a direção dele, são responsáveis pelas pretensões do espiritismo. Os “espíritos familiares”, como eram chamados esses visitantes de outros mundos, a Bíblia declara serem “espíritos de demônios”.

Em todos os tempos o espiritismo foi condenado pela Bíblia. Moisés chamou-o de “abominação ao Senhor”. “Entre ti se não achará quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador de encantamentos, nem quem consulte um espírito adivinhante, nem mágico, nem quem consulte os mortos: pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor; e por estas abominações o Senhor teu Deus as lança fora de diante dEle” (Deuteronômio 18:10-12).

Os que procuram informações por meio dos espíritos ou buscam comunicar-se com espíritos de mortos, rejeitam os positivos ensinos das Escrituras. “Não vos voltareis para os que consultam os mortos, nem para os feiticeiros; não os busqueis, para serdes contaminados por eles: Eu sou Jeová” (Levítico 19:31).

O princípio básico sobre que repousa o espiritismo é o do estado de consciência dos mortos, de que eles continuam a existir sob alguma forma, e de que se podem comunicar com os vivos. Estão os mortos inconscientes, sem vida? Que diz a Bíblia? “Porque na morte não há lembrança de Ti; no sepulcro quem Te louvará?” (Salmo 8:5). “Os mortos não louvam ao Senhor, nem os que descem ao silêncio” (Salmo 115:17). “Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma... mas a sua memória ficou entregue ao esquecimento. Até o seu amor, o seu ódio, e a sua inveja já pereceram, e já não tem parte alguma neste século, em coisa alguma que se faz debaixo do Sol” (Eclesiastes 9:5 e 6).

Estes textos tornam claro que os mortos se acham além da invocação dos homens, e que não podem de maneira alguma aparecer ou comunicar-se com os vivos. As manifestações que se veem no espiritismo, não são espíritos dos mortos; provém de forças satânicas. (Foto/Ilustração: Divulgação).

( Fonte )

quarta-feira, 13 de junho de 2018

O Dom de línguas bíblico

O que muitos chamam de "dom de línguas" na realidade não o é, mas sim, uma manifestação espirita assíncrona interpolativa emergindo sobe a pessoa a exemplo de possessão outras vezes é puro treino de simulação por parte do orador, o dom de línguas nunca se manifesta dessa maneira como podemos constatar na biblia.

O Dom de línguas bíblico

Esse importante dom mencionado na Bíblia tem sido incompreendido pelos sinceros irmãos da atualidade. Há mesmo quem afirme que quem não fala em “línguas estranhas” não é batizado com o Espírito Santo (Contrariando totalmente o que está escrito em Efésios 1:13 que afirma sermos selados pelo Espírito a partir do momento em que cremos em Jesus e não no momento em que “falamos línguas estranhas”), ou seja, é uma espécie de “cristão de segunda classe”. Asseguram inclusive que a única prova de ser batizado com o Espírito Santo é falar “língua estranha”.

DEFINIÇÃO E PROPÓSITO:
Segundo a Bíblia, o dom de línguas é a capacidade de falar outra língua conhecida, em outro idioma (esse é o significado do termo grego para “língua”) com o objetivo de anunciar a boa notícia e salvação por meio de Cristo.
Mateus 28:19, 20 diz que devemos “ensinar as pessoas a guardarem todas as coisas…” Observe que, para ensinar, é indispensável conhecer a língua falada do estrangeiro. “A manifestação do Espírito é concedida a cada um visando a um fim proveitoso.” 1 Coríntios 12:7. Concluímos, obviamente, que o falar em língua deve ter uma utilidade; deve ser, ao menos, inteligível. Lembrando: que tenha um propósito evangelístico.
Esta experiência autêntica aconteceu com os discípulos por ocasião do Pentecostes (A palavra pentecostes é grega e quer dizer “qüinquagésimo (dia)”, pois essa festa era comemorada cinqüenta dias depois da PÁSCOA (Dicionário da Bíblia de Almeida – Sociedade Bíblica do Brasil).):

“Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; de repente, veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados. E apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como de fogo, e pousou uma sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem. Ora, estavam habitando em Jerusalém judeus, homens piedosos, vindos de todas as nações debaixo do céu. Quando, pois, se fez ouvir aquela voz, afluiu a multidão, que se possuiu de perplexidade, porquanto cada um os ouvia falar na sua própria língua. Estavam, pois, atônitos e se admiravam, dizendo: Vede! Não são, porventura, galileus todos esses que aí estão falando? E como os ouvimos falar, cada um em nossa própria língua materna? Somos partos, medos, elamitas e os naturais da Mesopotâmia, Judéia, Capadócia, Ponto e Ásia, da Frígia, da Panfília, do Egito e das regiões da Líbia, nas imediações de Cirene, e romanos que aqui residem, tanto judeus como prosélitos, cretenses e arábios. Como os ouvimos falar em nossas próprias línguas as grandezas de Deus?” Atos 2:1-11.

O relato mostra que o dom de línguas foi dado para evangelizar. O verso 6 declara que “cada um ouvia falar na sua própria língua” o que cada seguidor de Cristo dizia e o verso 8 confirma: “e como os ouvimos falar cada um em nossa própria língua materna?” Pela terceira vez exclamaram os estrangeiros: “como os ouvimos falar em nossa própria língua as grandezas de Deus ?” (verso 11).
Havia, naquele lugar, cerca de 18 nações diferentes. Os apóstolos não tinham tempo e nem uma escola para aprender todos aqueles idiomas. Você percebeu? Houve uma “NECESSIDADE” de pregar o evangelho em um lugar onde havia muita gente (Deus não poderia perder aquela oportunidade!); por isso, o Senhor deu-lhes o dom de línguas estrangeiras. Note que os discípulos não falaram palavras ou sílabas sem sentido. Eram compreendidos em outros idiomas.
Há dois aspectos importantes a analisarmos o dom de línguas em Atos 2:

a) A mensagem de Pedro centralizava-se em Jesus (Atos 2:22-36);

b) O dom de línguas não foi acompanhado por um êxtase sentimental descontrolado. Observe que a mensagem foi compreendida de forma a haver resultados: 3.000 pessoas foram batizadas! (Atos 2:41);

c) Paulo também afirma que as palavras usadas no dom são idiomas que precisam ser entendidos pelos ouvintes para que se convertam a Cristo. Não adianta nada falar num idioma que a pessoa não conheça: “Agora, porém, irmãos, se eu for ter convosco falando em outras línguas, em que vos aproveitarei, se vos não falar por meio de revelação, ou de ciência, ou de profecia, ou de doutrina? É assim que instrumentos inanimados, como a flauta ou a cítara, quando emitem sons, se não os derem bem distintos, como se reconhecerá o que se toca na flauta ou cítara? Pois também se a trombeta der som incerto, quem se preparará para a batalha? Assim, vós, se, com a língua, não disserdes palavra compreensível, como se entenderá o que dizeis? Porque estareis como se falásseis ao ar.” 1 Coríntios 14:6-9.

“Assim vós, se com a língua não disserdes palavras compreensíveis, como se entenderá o que dizeis? Porque estaríeis como se falásseis ao ar” (ler também 1 Coríntios 14: 18, 19, 23).

d) O dom de línguas é um sinal para os descrentes a fim de que ouçam as maravilhas de Deus no idioma deles. Não é um sinal para os crentes, conforme 1 Coríntios 14:22: “De sorte que as línguas constituem um sinal não para os crentes, mas para os incrédulos; mas a profecia não é para os incrédulos, e sim para os que creem.”

Portanto, tal dom não deve ser usado para orgulho pessoal. O dom de línguas é concedido para evangelizar outras pessoas de outras nações que não conhecem ao Salvador.

REGRAS A SEREM SEGUIDAS NO USO DO DOM DE LÍNGUAS:
1) No máximo três pessoas devem falar, de forma sucessiva e organizada, um de cada vez – 1 Coríntios 14:27;

2) Deve haver tradutor (intérprete) – 1 Coríntios 14:28;

3) Precisa ser entendido por todos – Atos 2:9-12;

4) Cumprir o papel de edificar a igreja edifica a Igreja estando subordinado ao dom de profecia (1 Coríntios 14:1, 5, 26).

5) Ser enriquecido pelo amor aos irmãos – 1 Coríntios 13:1 e 9.

Muitos cristãos de hoje ferem essas cinco regras frontalmente. Em muitas congregações, por exemplo, há certo número de pessoas e todos querem falar ao mesmo tempo. Não pode haver intérpretes porque os que falam não sabem o que estão falando.
Observação: Por que utilizar o dom de línguas no Brasil se todos falam o português?

OUTROS ASPECTOS IMPORTANTES A SEREM AVALIADOS SOBRE O DOM
1. A gritaria não pode fazer parte da manifestação de qualquer dom – Efésios 40:30, 31;

2. A pessoa tomada pelo Espírito Santo tem paz e domínio próprio (Gálatas 5:22, 23), ou seja, não cai no chão.

3. O dom de línguas não provoca desordem na igreja. Em 1 Coríntios 14:33, 40 é dito que “Deus não é de confusão e sim de ordem e paz.” A obra de Deus sempre se caracteriza pela calma e a dignidade. Havendo barulho, choca os sentidos (ler Mateus 6:6; Gálatas 5:22, 23). Lembremos de que Deus não é surdo.

4. O Espírito Santo somente é concedido aos que obedecem a Deus (Atos 5:32). Será que os que se dizem possuidores do Espírito Santo guardam todos os mandamentos de Deus? (ver Tiago 2:10). A pessoa que conhece a Palavra e de livre vontade desobedece a Deus, não tem o Espírito Santo, mesmo que possa parecer! “O que desvia os ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração será abominável.” Provérbios 28:9.

5. O fato de alguém falar em línguas não é prova de tenha sido batizado(a) pelo Espírito Santo. A Bíblia apresenta diversas pessoas que receberam o Espírito Santo e, contudo, não falaram em línguas, pois não era necessário. São elas:
• Os samaritanos (Atos 8:17);
• Maria (Lucas 1:35);
• Estevão (Atos 6:5; 7:55);
• Saul, o primeiro rei de Israel (l Samuel 10:10);
• Gideão, juiz de Israel (Juízes 6:34);
• Sansão, outro juiz (Juízes 15:14);
• Zacarias, pai de João Batista (Lucas 1:67);
• Bezalel, em tempos remotos (Êxodo 31:1-3);
• João Batista e sua mãe (Lucas 1:15 e 41);
• Os sete diáconos (Atos 6:1-7);
• Jesus Cristo (Lucas 3:22).
Vemos que Jesus nunca falou em línguas. Claro que tinha! Ele não usou esse dom porque não havia uma necessidade evangelística para tal. Exigir que todos os irmãos falem em línguas é querer dirigir o Espírito. É ir contra a soberania dEle, pois somente Deus Espírito Santo é quem distribui os dons como Ele quer: “Porém é um só e o mesmo Espírito quem faz tudo isso. Ele dá um dom diferente para cada pessoa, conforme ele quer.” 1 Coríntios 12:11.

6. O termo “língua dos anjos” só aparece em l Coríntios 13:1, quando Paulo afirma: “Ainda que eu fale a língua dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine.” O apóstolo está apenas destacando que, mais importante que falar a língua dos homens e dos anjos, é ter amor. Não está afirmando que essa manifestação estranha de língua angélica fizesse parte de nossa pregação (leia Gênesis 18 e Apocalipse 22:8, 9, onde os próprios anjos falaram idiomas humanos para que pudessem ser compreendidos! Leia também Gênesis 19:15; Lucas 2:8-14; 1:16-18).

7. Em Marcos 16:17 é dito: “Estes sinais hão de acompanhar aqueles que creem: em meu nome, expelirão demônios: falarão novas línguas.” O que significa “falar uma nova língua” na Bíblia? O texto original grego responde. Há duas palavras gregas diferentes para descrever o termo “novas” línguas: neós e kainós.

• Neós é algo novo que não existia antes.
• Kainós é algo novo que já existia.
A palavra empregada em Lucas 16:17 é kainós, indicando assim que as “novas línguas” faladas pelos discípulos de Jesus seriam novas apenas para eles que não as conheciam, mas elas já existiam!

ILUSTRAÇÕES
Ilustração 1: A pessoa tinha um carro, ano 2007, e trocou por um 2008. Para a pessoa que comprou, o carro é novo. Significa novo na “experiência”, pois o carro já existia. Assim é o dom de línguas em Marcos 16:17. Para a pessoa que aprendeu a nova língua, é nova (Kainós), mas o idioma já existia, era falado por um grupo de pessoas.

Ilustração 2: Certa vez, um pastor foi em um culto para “testar” se realmente aqueles cristãos entendiam o que estavam dizendo. No decorrer da programação ele recitou o Salmo 23 em grego. Um dos membros daquela igreja levantou-se e foi “interpretar” o que o pastor disse. Afirmou que Deus estava pedindo para que todos entregassem o coração a Jesus, sendo que o pastor apenas falou o Salmo 23 em grego, e ainda por três vezes! Imagine que “balde de água fria” foi para a congregação quando o pastor disse o significado verdadeiro das palavras e que o suposto tradutor estava mentindo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
A língua falada é um sistema de linguagem em que os seres humanos, dotados de inteligência, se comunicam e se entendem perfeitamente. As “línguas estranhas” faladas em muitos cultos de hoje nada têm em comum com as mais de 3.000 línguas e dialetos existentes na Terra.
Por conseguinte, não possuem importância evangelística e nem servem para identificar quem é cristão consagrado ou não (lembre-se Efésios 1:13).
A teoria de que o genuíno dom de línguas se manifesta hoje na forma de línguas estáticas, não faladas atualmente por qualquer povo ou nação, carece de fundamento bíblico.
As várias alusões, na Versão Almeida Revista e Corrigida, a “línguas estranhas” (1 Coríntios 14) não aparecem no texto original grego (O termo línguas estranhas foi acrescentado pelo tradutor para tentar “facilitar” a compreensão do texto. Entretanto, dificultou mais ainda, dando apoio à idéia de que o dom de línguas bíblico é algo ininteligível) onde a expressão usada é simplesmente “línguas”.
Portanto, se estou falando a você em Francês (língua estrangeira) e você não sabe nada de Francês, para você estou falando língua estranha, pois não pode ser entendida. Mas isso não quer dizer que o Francês é um idioma que não pode ser entendível por ninguém. Daí surge a necessidade do intérprete.
Segundo nossos dicionários, interpretar é a “arte de determinar o significado preciso de um texto ou lei”, “fazer entender”. Traduzir é apenas converter cada palavra de seu estado estrangeiro (estranho) ao corrente (entendível). Portanto, não existe tradução sem interpretação.
E, não esqueça: o dom de línguas em Atos 2 (Atos 10, 19, 1 Coríntios 12-14) tem sempre um propósito evangelístico.

terça-feira, 12 de junho de 2018

Espírito de profecia: o que é e como identificar um profeta verdadeiro?

Na epístola de Paulo aos Coríntios o apóstolo explica porque foram outorgados à igreja dons tais como o de "profetas, evangelistas, pastores e mestres" (1 Coríntios 12:27-31; Efésios 4:8-11).
A posição da igreja Igreja Adventista quanto ao dom de profecia, é de cuidadosa aceitação, pois devemos “provar os espíritos”, nos adverte a Palavra de Deus. Uma pergunta que frequentemente nos ocorre é esta: existe informação e apoio bíblico para o dom profético em dias modernos?
Deus se revela aos homens através de duas maneiras principais: através da natureza (revelação geral) e através dos profetas (revelação especial). O conteúdo básico dessa revelação especial é aquele das Escrituras Sagradas.

Ao examinarmos as Escrituras descobrimos 5 pontos fundamentais:

a) Que vários profetas se levantaram para comunicar as verdades divinas, e essas verdades não fazem parte da Bíblia. Jamais eles foram considerados inferiores, muito pelo contrário: temos profetas que não escreveram nenhuma página das Escrituras repreendendo outros profetas (Natã a Davi, por exemplo).

b) Em parte alguma das Escrituras o dom de profecia é limitado a alguma época ou geração.

c) As Escrituras nos apresentam critérios para distinguir um profeta verdadeiro de um falso.

d) Que nos últimos dias haveria a manifestação de um falso dom profético (Mateus 24:24).

e) Que nos últimos dias se manifestaria o verdadeiro dom profético (Joel 2:28-32).

Os judeus do tempo de Cristo ouviram a João Batista com sua pregação: “Preparai o caminho do Senhor” e o Messias apareceu como ele havia anunciado.

Não deveria haver uma voz profética clara nos tempos modernos? O que impediria que Deus falasse ao homem moderno pela voz de um Profeta?

A profecia de Joel
Se lermos com atenção o capítulo 2:28-31, do livro do profeta Joel, perceberemos logo que Deus prometeu este dom de maneira especial. De acordo com o apóstolo Pedro, esta profecia encontrou seu cumprimento no dia do Pentecostes (Atos 2;15-20). Mas uma leitura cuidadosa destes versos, nos faz levantar mais uma pergunta: “Foi completo o cumprimento nessa oportunidade ou há evidência de que se pode esperar um cumprimento maior no futuro?”

Quando colocamos lado a lado Joel 2:28-31 e Apocalipse 6:12-17 percebemos que os fenômenos extraordinários da natureza (terremoto, escurecimento do sol e da lua) ocorrem no último período da história desse mundo, exatamente antes do retorno de Jesus. A próxima conclusão é de que o derramamento do Espírito Santo sobre toda a carne e a manifestação do dom profético se cumpririam nesses últimos dias, “antes que viesse o grande dia do Deus Todo-Poderoso”.

Ao buscar nas Escrituras do Velho e do Novo Testamentos encontraremos os comentários de Paulo com respeito a igreja que esperava a “manifestação do nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Coríntios 1:7). A essa igreja não faltaria “nenhum dom”, senão que seria enriquecida em Cristo, “em toda palavra e em toda a ciência” (1 Coríntios 1:5-7). Os dons do Espírito de Deus apareceriam na última igreja e o testemunho de Cristo seria “confirmado” nela (capítulo 1:4-8). E qual é o testemunho de Cristo? A voz do anjo declarou a João que o testemunho de Jesus é o espírito de profecia (Apocalipse 19:10); ou seja o dom de profecia.

Na epístola de Paulo aos Coríntios o apóstolo explica porque foram outorgados à igreja dons tais como o de “profetas, evangelistas, pastores e mestres” (1 Coríntios 12:27-31; Efésios 4:8-11). Foram outorgados, diz Paulo, “a fim de aperfeiçoar aos santos para a obra do ministério, para a edificação do corpo de Cristo; […] para que já não sejamos meninos inconstantes, levados ao redor por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente. Antes, seguindo a verdade em caridade, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo” (Efésios 4:12-15).

A obra do Espírito por meio dos dons outorgados durante a Era Cristã não substituiria a Bíblia, senão que manteria a igreja leal aos ensinamentos bíblicos e iria corrigir aqueles que se desviassem da verdade bíblica. A Bíblia projeta a aparição do dom profético. E se temos que aceitar plenamente a Bíblia devemos aceitar as manifestações genuínas do dom profético. “A Bíblia e só a Bíblia como regra de fé e prática”, este princípio exclui a tradição e qualquer ensino que não se harmonize com a Palavra de Deus.

O que é o testemunho de Jesus?

A frase “o testemunho de Jesus” aparece não só em Coríntios, mas também no livro do Apocalipse, onde é empregada seis vezes, uma vez no capítulo 12, duas no primeiro capítulo, duas no capítulo 19 e uma vez no capítulo 20. Se não fosse pela maneira em que esta expressão é interpreta pelo anjo de Deus em Apocalipse 19:10, e pelo fato de que em Apocalipse 12:17 se estabelece que a igreja remanescente tem o testemunho de Jesus, poderia ser interpretada como um genitivo e traduzida como “o testemunho acerca de Jesus”, em todos os casos.

Pelo fato de que uma das características da igreja remanescente , de acordo com Apocalipse 12:17, é que ela tem o “testemunho de Jesus”, é claro que essa igreja deve ter em seu meio “o espírito de profecia” e, portanto se reclama (se exige) a presença de um profeta (ou profetas) por meio do qual Jesus apresente seu testemunho (leia-se cuidadosamente Apocalipse 12:17 19:10; 22:9).

Provando o dom profético
Dois extremos são perigosos. O primeiro é aceitar de qualquer jeito qualquer profeta e o outro é ter preconceito quanto ao dom profético. Poderia ser mais fácil para nós dizer que depois dos apóstolos ninguém mais se levantaria como profeta. Nos livraríamos de muitos problemas, mas não é isso que Deus nos apresenta. Deus promete o dom e nos dá os critérios (os instrumentos) para que possamos avaliar o dom. Paulo desafia a igreja a provar a obra do Espírito (1 Tessalonicenses 5:19-21). As Escrituras nos oferecem quatro critérios principais:

1) À Lei e ao Testemunho (Isaías 8:19 e 20) – Essa é a norma básica para avaliar o profeta. Se ele não magnificar as Escrituras e não levar o povo (a igreja) a corrigir seus caminhos, não reprovar os pecados e não instruir pelas Escrituras, então este suposto profeta não é verdadeiro.

2) Cumprimento de Profecia (Jeremias 28:9; 18:7-10) – Geralmente a obra do profeta se divide entre porções que ensinam e porções que predizem. As predições devem ser conferidas em seu cumprimento. Verdade é que devemos tomar em conta o fenômeno da profecia condicional (ver o livro de Jonas como prova de profecia condicional).

3) Vida e obras (Mateus 7:15-20) – “Pelos seus frutos o conhecereis”. Jesus nos apresenta esse critério em tom de advertência contra os falsos profetas. Precisamos examinar as pretensões de piedade do profeta e reconhecê-los pelos seus frutos. Isto significa seu caráter e seus ensinos. Se a vida não está de acordo com os seus ensinos e com os ensinos das Escrituras Ele deve ser rejeitado.
4) Exaltação de Cristo (1 João 4:1-3) – Um profeta moderno necessitará exaltar a Cristo como o Filho de Deus e como Senhor e Salvador totalmente capaz. Se o enfoque for outro que não Jesus deverá ser rejeitado.

Concluindo, diríamos que Deus promete prosperidade para aqueles que creem em Seus profetas (2 Crônicas 20:20). Qualquer pessoa que recebe alguma mensagem tem que analisar sua vida e sua mensagem de acordo com todos os requisitos bíblicos listados acima.

(fonte)

sábado, 12 de maio de 2018

A Origem do Pecado

A maioria das pessoas no mundo estão sendo enganadas por um gênio do mal inclinado a destruir suas vidas – um mestre brilhante chamado o diabo, ou Satanás. Mas este príncipe das trevas é muito mais do que você poderia pensar … Muitos dizem que ele é apenas uma figura mítica desonesta, mas a Bíblia diz que ele é muito real, e está enganando famílias, igrejas e até mesmo nações para aumentar a tristeza e a dor. Aqui estão fatos surpreendentes da Bíblia sobre o príncipe das trevas e como você pode vencê-lo! 

I João 4:8 – Deus é amor.
Mat. 13:24-28 – Um inimigo de Deus e do homem semeia joio no campo do mundo.
Ezeq. 28:12-17 – Lúcifer era um belo anjo criado por Deus com liberdade de escolha cuja vaidade o levou à rebelião.
Isa. 14:12-14 – Lúcifer desejou estabelecer-se acima do trono de Deus. Preferiu fazer leis  em vez de as observar.
Apoca. 12:7-9 – Foi declarada guerra no céu. Satanás e os seus anjos declararam guerra contra Jesus e os Seus anjos.
Luc. 10:18 – Satanás foi expulso do céu.
Gên. 1:27-31 – Deus criou o homem à Sua imagem colocando-o num magnífico jardim, que era seu lar.
Gên. 3:1-7 – Satanás levou Adão e Eva a desconfiarem de Deus e a desacatarem abertamente a Sua lei.
Isa. 59:1, 2 – O pecado separa-nos de Deus.
Rom. 6:23 – O resultado final da desobediência é a morte.
Jer. 17:9 – A natureza da raça humana mudada como resultado da desobediência tornou-se numa natureza pecaminosa.
Rom. 5:12; 6:16 – Toda raça humana foi mergulhada na culpa, na desobediência e no pecado.
Heb. 2:14-17 – Jesus assumiu a natureza humana. Enfrentou as tentações e tornou-se vitorioso (Heb. 4:15).
Rom. 5:17-19 – Jesus remiu a falta de Adão.
Rom. 3:24-25 – Através de Jesus a salvação é concedida como um dom.
Isa. 41:13 – Jesus está conosco, diariamente, em todas as nossas dificuldades. Conforta-nos em todas as nossas angústias.
Eze. 28:17, 18 – Satanás será completamente destruído no fim.
Apoc. 21:1-5 – O nosso Deus criará novos céus e nova terra.
Naum 1:9 – O pecado não levantará a sua repugnante cabeça uma segunda vez.

( fonte )